Na Alemanha, especialistas dizem que se a economia não for retomada nas próximas semanas, um aumento drástico do desemprego pode ser inevitável

mais de 97% das empresas do setor hoteleiro se beneficiaram do programa alemão para salvar empregos

Metade das empresas alemãs se cadastrou para colocar alguns ou todos os seus funcionários no programa governamental de jornada de trabalho reduzida, calculou nesta semana o Instituto de Pesquisa Econômica (Ifo), sediado em Munique.

Como resultado da pandemia de coronavírus, mais de 97% das empresas do setor hoteleiro e de  gastronomia e 94% no setor automotivo se beneficiaram do sistema. Chamado de Kurzarbeit (trabalho de curta duração), o programa estatal permite às empresas reduzir o horário de trabalho e receber subsídios generosos para continuar pagando pelo menos 60% do salário de seus funcionários. Outras indústrias também estão reduzindo jornadas de trabalho em níveis sem precedentes.

O Kurzarbeit deu resultados ao atender um número comparativamente pequeno de demissões durante a crise financeira de 2008/2009. No final de 2009, o desemprego na Alemanha era menor do que no ano anterior, enquanto nos EUA o número de desempregados dobrou no mesmo período. Em vez de reduzir postos de trabalho, as empresas alemãs tiveram flexibilidade para reduzir as jornadas de trabalho, podendo se beneficiar com uma força de trabalho pronta para atuar quando os negócios se reaqueceram.

Circunstâncias excepcionais

No entanto, durante a atual emergência sanitária, cerca de 370 mil empresas solicitaram o subsídio estatal, potencialmente colocando até 10 milhões de trabalhadores – um quarto da força de trabalho – no esquema de jornada reduzida. Essa demanda sem precedentes por subsídios do governo e a queda recorde de 6,6% do Produto Interno Bruto (PIB) projetada para este ano têm preocupado políticos e economistas, que temem que a economia possa levar vários anos para retornar aos níveis pré-coronavírus. Eles dizem que uma recessão mais profunda forçaria dezenas de milhares de empresas à falência e levaria outras a encolher.
Fonte:Deutsche Welle (DW)  www.dw.com/

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