Há mais de 30 anos, os astrônomos foram capazes de identificar a ocorrência de auroras em Júpiter, Saturno e Urano, mas ainda faltava Netuno para completar a lista desse tipo de registro entre os gigantes gasosos do Sistema Solar. Apesar da demora, os resultados apresentados por um estudo baseado em imagens do Telescópio James Webb sugerem que a espera parece ter terminado.
Ao contrário das auroras na Terra, que ocorrem em latitudes extremas, esses fenômenos aparecem mais centralizadas em Netuno – em torno da altura onde se localiza a América do Sul no nosso planeta. Isso acontece porque o campo magnético de lá é inclinado 47° fora do seu eixo rotacional, fazendo com que seus polos magnéticos estejam entre os polos geográficos e o Equador.
Também de forma diferente às nossas auroras boreais e austrais, aquelas de Netuno não são visíveis a olho nu, o que, inclusive, explica a dificuldade para encontrá-las mais cedo. Segundo um comunicado dos autores do projeto, Webb foi eficiente na missão justamente por sua sensibilidade infravermelha, que permitiu a identificação das moléculas que as formam.
Fonte: Revista Galileu