Foi realizada, nesta segunda-feira (2), a cerimônia de transmissão de cargo do Ministério da Saúde, em Brasília (DF). Nísia Trindade chefiará o Ministério na gestão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ela é a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde.
Durante discurso, a ministra assumiu compromisso de que sua gestão será pautada pela ciência e também com contribuições de todos os setores. “Essa tarefa não pode ser exercida de forma isolada, a saúde precisa estar em todas as políticas. Minha gestão se pautará por esse imprescindível trabalho colaborativo.”
Nísia Trindade ainda reforçou o compromisso com a gestão tripartite — União, Estados e Municípios — e o esforço com os conselhos de saúde para a construção de políticas conjuntas.
“Serão tempos difíceis de reconstrução, mas também da necessária inovação. É preciso reconstruir e é preciso olhar os desafios do presente e a visão de um Brasil de futuro. Esse trabalho só será possível com grande esforço nacional, envolvendo estados e sociedade civil”, afirmou.
A nova ministra aproveitou ainda para fazer anúncios da criação e recriação de secretarias e departamentos sendo eles: Secretaria de Informação e de Saúde Digital; Departamento de IST/AIDS e Hepatites Virais; Departamento de Imunização; e Departamento de Saúde Mental e Enfretamento do Uso Abusivo de Álcool e Outras Drogas.
De acordo com Nísia, a nova estrutura organizacional visa reforçar ações do Programa Nacional de Imunizações, preparar o sistema de saúde para novas modernizações digitais e a retomada do alinhamento da agenda da saúde mental à reforma psiquiátrica brasileira.
No discurso, a ministra ainda afirmou que, ainda nesta semana, será criado um grupo de trabalho tripartite para “sistematizar as políticas instituídas por portarias sem pactuação que serão revogadas, revistas ou mantidas”. De acordo com a ministra, “serão revogadas nos próximos dias as portarias e notas técnicas que ofendem a ciência, os direitos humanos, os direitos sexuais reprodutivos e que transformaram várias posições do Ministério da Saúde em uma agenda conservadora e negacionista.”
A cerimônia contou com a participação de cinco ministros: das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; do Desenvolvimento Social, Wellington Dias; da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos; do Esporte, Ana Moser; da Gestão e Inovação, Esther Dweck; e das Mulheres, Cida Gonçalves.