Nobel de Medicina premia descoberta sobre a evolução humana

O biólogo sueco Svante Pääbo, de 67 anos, ganhou o Prêmio Nobel de Medicina deste ano. De acordo com o anúncio feito pelos organizadores da premiação neste segunda-feira (03/10), o cientista foi agraciado por suas descobertas sobre o genoma de ancestrais humanos extintos e sobre a evolução humana.

“Ao revelar as diferenças genéticas que distinguem todos os humanos vivos de hominídeos extintos, suas descobertas lançaram a base para a exploração do que torna a nós, humanos, seres únicos”, afirmou o júri do prêmio.

As descobertas de Pääbo foram fundamentais para o desenvolvimento da paleogenética. Nascido em 1955 em Estocolmo, o biólogo entrou para a universidade em 1975 para estudar Egiptologia e História da Ciência. Em 1977, por sugestão de seu pai, o também Nobel Sune Bergstom, começou a estudar medicina.

Seu primeiro grande sucesso científico foi em 1984, quando ele conseguiu clonar o DNA de uma múmia. A descoberta lhe rendeu a capa da revista Nature. Na época, ele ainda não havia concluído seu doutorado, conquistado dois anos depois, em 1986.

Após o doutorado, Pääbo passou três anos em Berkeley, nos Estados Unidos, onde estudou o material genético de fósseis. Em 1990, assumiu a cátedra de Biologia Geral da Universidade de Munique, na Alemanha. Em 1997, foi contratado pela Sociedade Max Planck para criar e comandar o Instituto de Antropologia Evolutiva, com sede em Leipzig.