Nos EUA, mulher pode ter sido curada do HIV com células-tronco

Uma americana se tornou a terceira pessoa e a primeira mulher possivelmente curada do HIV após passar por um transplante de células-tronco procedentes de um doador com resistência natural ao vírus que causa a aids. O anúncio foi feito nesta terça-feira (15/02) durante uma conferência realizada em Denver (Colorado, Estados Unidos) pela equipe de especialistas que trataram a paciente, de 64 anos, em Nova York. A pesquisa ainda não foi publicada numa revista científica.

Conhecida como “Paciente de Nova York”, a mulher primeiro foi diagnosticada com HIV e depois com leucemia mieloide aguda, um tipo de câncer relacionado à diminuição da produção de células sanguíneas normais da medula óssea. Como tratamento para a leucemia, ela recebeu um transplante de células-tronco de um cordão umbilical, complementado com células adultas doadas por um parente.

Três anos depois do transplante, a paciente parou de usar medicamentos antirretrovirais para controlar o vírus. E 14 meses depois, não apresenta níveis detectáveis de HIV, segundo os cientistas. Portanto, ela é considerada livre do vírus e será considerada curada se não houver alterações. Os dois casos anteriores de cura do HIV ocorreram em homens que receberam células-tronco adultas, que são usadas com frequência em transplantes de medula. As células transplantadas nos três casos de cura conhecidos vieram de indivíduos que possuem uma mutação genética que os torna resistentes ao vírus.

“Este é o terceiro relato de uma cura nesse cenário, e o primeiro de uma mulher vivendo com HIV”, afirmou Sharon Lewin, presidente eleita da Sociedade Internacional de Aids.

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