Nova tecnologia da UFRN é aplicada para melhorar refino do petróleo

Um material com características privilegiadas para uso na indústria petroquímica e química fina, desenvolvido por pesquisadores da UFRN da área de Química e Ciência de Materiais, recebeu no mês de março o reconhecimento do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) como tecnologia inédita. O produto, fruto da invenção, foi denominado pelos inventores Sibele Berenice Castellã Pergher, Yuri Miguel Variani e Alejandro Eusebio Rojas Nuñez como LPM-5, nome alusivo ao de Laboratório de Peneiras Moleculares, espaço onde a pesquisa ocorreu, e o número cinco em referência ao quinto material desenvolvido e patenteado pelo grupo.

O LPM-5 é uma zeólita, material poroso com canais e cavidades de dimensões moleculares, possuindo diferentes propriedades e aplicações derivadas da sua grande diversidade e composição estrutural. Essa composição pode ser modificada – foi justamente a partir de uma alteração que os três cientistas ampliaram as potencialidades de emprego do material.

“As zeólitas, por possuírem uma rede estrutural porosa bem definida, são consideradas peneiras moleculares, que podem selecionar moléculas pelo seu tamanho, e isso pode ser empregado em diversos processos de separação e adsorção. No caso dessa concessão de patente, inserimos o Titânio na rede e assim ampliamos as aplicações para catálise, sendo o Titânio o sítio ativo”, explica Sibele Pergher. O acréscimo da substância é alcançado com o emprego de um composto orgânico específico, à base de imidazol. A escolha de qual composto orgânico será utilizado é crucial para direcionar a uma estrutura ou outra e controlar a incorporação de outros elementos na rede zeolítica, situação que indica os possíveis usos dos produtos que venham a ser obtidos.