Novo ministro da saúde é trocar 6 por meia dúzia

Após 10 meses à frente do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello foi o interino mais longevo à frente da pasta. Mas chegou o dia “D” e a hora “H” para o general especialista em logística que não conseguiu vacinar nem 5% da população.

O médico paraibano e cardiologista, Marcelo Queiroga, chega com a missão dada por Bolsonaro e reafirmada por Pazuello que terá que continuar o trabalho do general. Me pergunto se nisso está incluído aumentar o número de mortes pela COVID-19 no Brasil. Quando Pazuello assumiu eram 15 mil mortos. Hoje, já quase chegamos a 280 mil vidas perdidas para a doença.

Muita gente comemorou a escolha do médico que defende a vacina e já tomou inclusive a primeira dose. Condenou publicamente o uso de medicamentos sem comprovação científica, assim como aconselha o isolamento social como única forma de prevenir a dissimulação da doença. Mas para aceitar o cargo, Queiroga tem que ‘rezar na cartilha’ do chefe e dos negacionistas que rodeiam o presidente. Todos sabem que não basta trocar o ministro da saúde para resolver a grave crise sanitária aprofundada pela gestão da pasta. É preciso trocar outras peças do ministério e o médico que chega não terá ‘carta branca’ para montar sua equipe. Logo é seis por meia dúzia, sim. Tínhamos que trocar o verdadeiro ministro da saúde. Sempre foi e sempre será o próprio Bolsonaro.

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