O papel de um prefeito em qualquer cidade é crucial quando se trata de garantir o bem-estar e a saúde de seus cidadãos. No entanto, a gestão de Álvaro Dias em Natal, apesar de sua formação médica, parece ignorar completamente esse compromisso fundamental, deixando para trás as crianças e famílias que dependem desesperadamente de cuidados médicos adequados. A decisão recente do prefeito de suspender parte do atendimento de média e alta complexidade para procedimentos cardíacos é simplesmente inaceitável e pode levar a uma tragédia.
Em um ato surpreendente de descaso com a saúde da população, a gestão de Álvaro Dias comunicou por meio de um ofício à rede conveniada que só seriam pagos os valores contratados dentro do teto orçamentário. Essa decisão, que pode parecer uma solução simples para um problema de orçamento, na verdade tem implicações preocupantes, que vão muito além das planilhas financeiras. Ela ameaça a vida de natalenses principalmente crianças que necessitam de assistência médica urgente devido a condições cardíacas graves.
A partir do dia 10, pessoas que precisarem de atendimento médico devido a infartos, cardiopatias congênitas e outros problemas cardíacos ficarão desamparadas, aguardando em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) ou sendo encaminhadas para casa, onde a vida delas poderá estar em risco. De acordo com informações levantadas por jornalistas locais, pelo menos 71 pessoas já estão na fila de espera para procedimentos cardíacos. Esse número pode estar defasado, pois, diariamente, mais cardiopatas se deparam com a falta de atendimento e se somam à lista, aguardando desesperadamente por uma chance de sobreviver.
O prefeito Álvaro Dias, apesar de sua formação médica. Repito: o prefeito é médico, mas demonstra uma completa falta de compaixão e responsabilidade com a saúde de suas crianças e cidadãos. Em vez de buscar soluções que envolvam todos os interessados, ele optou por transferir a responsabilidade, deixando vidas em risco. Essa decisão também contribui para a judicialização da saúde, à medida que aqueles que não conseguem assistência médica recorrem ao judiciário em busca da garantia de um serviço que deveria ser seu direito básico.
É inaceitável que um prefeito que deveria zelar pelo bem-estar de sua cidade esteja disposto a arriscar a vida de seus cidadãos em nome de um orçamento. A saúde pública não pode ser reduzida a números e planilhas. A população de Natal merece um líder que priorize a vida e o cuidado com os mais vulneráveis. O prefeito Álvaro Dias deve reverter imediatamente sua decisão e garantir que as crianças e famílias de Natal tenham acesso adequado aos cuidados de saúde que necessitam. Caso contrário, a tragédia anunciada se tornará uma triste realidade que poderia ser evitada. Pelo menos já sabemos o nome e sobrenome do responsável. Anotem!
