Tinder, o aplicativo para encontrar parceiros que foi criado em 2011, é considerado um dos símbolos da era digital atual e passou a fazer parte das conversas sobre relacionamentos.
E embora seu foco seja nas relações interpessoais, o app também foi cenário de um escândalo com repercussão financeira: uma história de golpe que chegou aos noticiários e ao Netflix. Este mês foi lançado na plataforma de streaming o documentário “O Golpista do Tinder”, que conta a história de três mulheres que dizem ter sido traídas por um homem, Simon Leviev, que conheceram através do aplicativo.
As histórias da norueguesa Cecilie Fjellhøy, da sueca Pernilla Sjoholm e da holandesa Ayleen Charlotte mostram como esse homem entrou na vida delas por meio do Tinder. Elas acabaram passando quantias enormes de dinheiro a ele — é difícil de confirmar exatamente quanto, mas alguns estimam na casa dos milhões. No caso de apenas uma das mulheres, a soma chega a cerca de US$ 200 mil (mais de R$ 1 milhão).
A história é baseada em reportagem feita pelo jornal norueguês VG, publicada em fevereiro de 2019, que conta a história das três mulheres. No entanto, apesar das evidências do golpe — há horas de vídeos gravados pelo próprio golpista e longas trocas de mensagens no Whatsapp — e das denúncias feitas pelas três mulheres contra Leviev, ele está livre e nega ter roubado qualquer dinheiro. Após a repercussão do documentário, o Tinder informou que cancelou a conta que Leviev mantinha ativa no aplicativo.