Em 6 de janeiro de 2021, uma horda de apoiadores do então presidente Donald Trump invadiu o Capitólio, nos Estados Unidos, numa tentativa de impedir que o Congresso realizasse uma sessão conjunta para certificar a vitória do presidente eleito, Joe Biden.
Milhares de apoiadores de Trump se reuniram em Washington, a capital dos Estados Unidos, nos dias 5 e 6 de janeiro para defender uma mentira espalhada pelo político republicano: a de que a eleição presidencial de 2020 havia sido roubada pelos democratas. E parte deles tentou levar essa suposição às últimas consequências.
Trump estava em Washington no dia 6 de janeiro e participou de um comício no qual repetiu mentiras sobre a eleição ter sido roubada e incitou os apoiadores dele a “lutarem” para “defender o país”. Depois do discurso, milhares deles foram até o Capitólio, que abriga o Congresso, e o invadiram e depredaram, agrediram policiais e jornalistas e foram atrás de congressistas com a intenção de linchá-los.
O principal alvo da horda era o vice-presidente Mike Pence, que presidia o Senado. Horas antes, Trump havia apelado a Pence para que impedisse a posse de Biden, o que não estava de fato dentro dos poderes do vice-presidente naquela sessão conjunta do Congresso. Diante da negativa do vice, Trump escreveu no Twitter que Pence “não tem a coragem de fazer o que tem de ser feito”. Seguidores de Trump na rede social defenderam que Pence fosse caçado, e a horda de invasores passou a gritar “enforquem Mike Pence”.
O assalto de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio não tem precedentes na história dos Estados Unidos, foi classificado de terrorismo interno pelo FBI e é visto por muito especialistas como uma tentativa de golpe de Estado por Donald Trump.