José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai e um dos principais expoentes da política de esquerda na América Latina, morreu nessa terça-feira (13) aos 89 anos de idade. Embora a causa oficial de seu falecimento ainda não tenha sido confirmada, era de conhecimento público que o ex-guerrilheiro convivia com os diagnósticos de câncer no esôfago e Síndrome de Churg-Strauss.
No final de sua vida, o símbolo da luta contra a Ditadura Militar já apresentava um quadro de saúde bastante debilitado, indica o G1. Mais cedo na semana, sua família chegou a comunicar à imprensa que o câncer de Mujica havia avançado para um estágio terminal, no qual os tratamentos terapêuticos seriam substituídos por cuidados paliativos, com o objetivo de deixar o paciente mais confortável.
Mas o que é a Síndrome de Churg-Strauss?
A Síndrome de Churg-Strauss, também conhecida como granulomatose eosinofílica com poliangeíte (GEPA), é uma doença imunológica bastante rara. Ela é caracterizada por uma intensa inflamação dos vasos sanguíneos, que compromete, sobretudo, o sistema respiratório, mas também pode trazer consequências para rins, intestinos, coração e nervos.
Se não for devidamente controlado, tal inchaço pode restringir de forma grave o fluxo de sangue para os órgãos e tecidos do corpo. Na prática, isso significa que ele tem o potencial de evoluir gradualmente para quadros mais complexos, aumentando os riscos de aneurisma ou hemorragia interna, que, em alguns casos, podem ser fatais.
Por mais que os especialistas ainda não saibam definir as causas por trás do seu desenvolvimento, o portal da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, sugere que a síndrome seja desencadeada por uma combinação de genes e fatores ambientais. Por algum erro de leitura, o sistema imunológico passa a entender as células do próprio corpo como agentes invasores e os ataca, causando a inflamação.
Fonte: Revista Galileu
