Dados do Global Wind Energy Council (GWEC) apontam que cerca de 16 Gigawatts (GW) de energia eólica onshore (em terra) serão instalados no Brasil até 2028 e que a demanda por profissionais treinados – que caminhará em ritmo estável ao longo de 2025 – vai acelerar a partir de 2026.
“O setor de energias renováveis tem muitas oportunidades para o desenvolvimento de carreiras e não se resume à geração”, frisa o diretor do SENAI do Rio Grande do Norte, da FAETI – Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais da instituição, e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello.
Nesta entrevista, ele fala sobre as perspectivas que despontam no horizonte, incluindo a energia eólica offshore (os futuros parques eólicos no mar) e o hidrogênio verde, que, segundo o GWEC, serão impulsos extras para a atividade.
O executivo também ressalta que, de olho no terreno fértil para especialistas, a FAETI expandiu a atuação no ensino superior, com a oferta dos primeiros cursos de pós-graduação.
Um MBI (Master of Business Innovation) em Energia Eólica: Inovação, Liderança e Sustentabilidade foi lançado neste mês, em parceria com o SENAI de Santa Catarina, e uma especialização com foco no offshore já está no gatilho.
Na graduação, os primeiros profissionais de engenharia mecânica estão em formação e a segunda turma tem ingresso programado para este ano.
“O SENAI é muito reconhecido como formador de mão-de-obra de nível técnico para as empresas, e agora nós estamos construindo uma contribuição também no ensino superior, enxergando o que tem por vir para o Brasil e que o Brasil não pode deixar de enxergar como oportunidade para o seu desenvolvimento”, frisa Rodrigo Mello.