O deputado federal General Girão (PSL-RN), que anunciou neste sábado (21) nas suas redes sociais o teste positivo para o Covid-19 (Coronavírus), está em grupo de risco, primeiro por ter 64 anos. Porém, surgem diversos questionamentos não só da imprensa local, nacional, como também da população.
É importante lembrar que no último dia 11 de março (quarta-feira), o deputado estava na Câmara, em Brasília, para votar a proposta que amplia a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Na quinta-feira, 12, a cidade de Mossoró iria receber a primeira visita oficial do presidente da República, Jair Bolsonaro, acompanhado, inclusive do general Girão. Provavelmente, o deputado viria para Mossoró no avião da presidência. Eis que, tudo foi por água abaixo após o cancelamento, no dia da viagem, feito por Bolsonaro (suspeita de estar com o Coronavírus).
Segundo assessores, o deputado Girão não tinha nenhum outro compromisso de agenda pública para cumprir no Rio Grande do Norte, e resolveu descansar em sua casa, em Natal. A partir do momento em que começaram a divulgar que parte da comitiva e pessoas ligadas ao presidente da República estavam com o Covid-19, é de se supor que o próprio deputado Girão possa ter sido infectado por um deles ou por outra pessoa. Até porque, a Câmara dos Deputados é um ambiente muito fechado, onde circula muita gente. Pressupondo que o parlamentar já estivesse com o vírus, o mesmo pode ter disseminado ao chegar em terras potiguares.
Definitivamente, se aquele evento de Mossoró tivesse acontecido, teria sido um desastre para o RN. A comitiva, que parte dela estava com o vírus, teria infectado meio mundo de gente. Escapamos por um triz. Porque foi justamente a partir desse “evento anulado” que o negócio começou a desencadear.