OPINIÃO: De quem é a responsabilidade pelo incidente que deixou 30 feridos no avião da Air Europa?

Na última segunda-feira, 1º de julho, um avião da companhia aérea Air Europa precisou fazer um pouso de emergência no Aeroporto de Natal. A causa foi uma turbulência que atingiu a aeronave e deixou pelo menos 30 feridos no voo que seguia da Espanha para o Uruguai com 325 passageiros. A maioria dos feridos, que eram idosos, foi levada para atendimento em hospitais da grande Natal. Pelo menos 15 ambulâncias foram mobilizadas para atender as pessoas afetadas. A turbulência pegou de surpresa os passageiros. Alguns não estavam com os cintos afivelados e foram arremessados de seus assentos, resultando em lesões que variaram de leves a sangramentos.

Diante desse cenário de terror, surge a pergunta: quem é responsável pelo incidente?

Sabe-se que as turbulências são causadas por fenômenos meteorológicos. Normalmente, avisos sonoros e visuais são emitidos para alertar a tripulação, que deve afivelar os cintos. Além disso, antes mesmo de decolar, os pilotos recebem informações detalhadas sobre as condições climáticas do voo. Essas informações são complementadas por dados em tempo real fornecidos por satélites, radares e relatórios de outras aeronaves que já passaram pela área. Os modernos sistemas de aviação são equipados com tecnologia sofisticada capaz de detectar variações na velocidade do vento e na pressão atmosférica, indicadores chave da presença de turbulência. Essas informações permitem que os pilotos ajustem a altitude ou a rota do voo para evitar as áreas mais afetadas.

Embora a turbulência seja uma ocorrência comum e geralmente não represente um risco significativo para a segurança do voo, os especialistas alertam que ela pode se tornar mais frequente devido às mudanças climáticas globais. Isso torna ainda mais crucial o papel da tecnologia e da expertise dos pilotos na garantia de uma viagem segura e confortável para todos a bordo.

Com isso, parece que houve uma falha nesse monitoramento por parte da equipe da companhia aérea Air Europa. Evitar que a turbulência ocorra é quase impossível, pois está fora do controle humano, mas mitigar os efeitos para a tripulação era obrigação da equipe da companhia aérea, que, em alguma medida, falhou e colocou em risco a vida das pessoas que estavam no voo.