os argumentos da China para levar para a ONU a conduta do governo Trump no tarifaço

A China enviou uma carta para todos os 193 Estados-membros das Nações Unidas para convocá-los para uma reunião informal do Conselho de Segurança da ONU na próxima quarta-feira (23). A nota-convite para a reunião, que deve ser realizada no próximo dia 23, critica especificamente os EUA pelo tarifaço imposto por Donald Trump. Pequim acusa a Casa Branca de praticar “bullying” contra o resto do mundo, em particular os países em desenvolvimento, e de tomar decisões unilaterais.

O texto também acusa Washington de “violar gravemente as regras do comércio internacional (…) lançando uma sombra sobre os esforços globais pela paz e desenvolvimento”.

Segundo a agência de notícias Reuters, a missão dos EUA nas Nações Unidas encaminhou um pedido de comentário sobre a reunião planejada pela China ao Departamento de Estado, mas ainda não obteve resposta.

A agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento disse, nesta quarta-feira, que o crescimento econômico global pode desacelerar para 2,3%, à medida que as tensões comerciais e a incerteza impulsionam uma tendência recessiva.

Os últimos desdobramentos da guerra comercial entre China e EUA
Mais cedo, nesta quarta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Li Jian, afirmou que os Estados Unidos deveriam interromper sua prática de “pressão máxima” e desistir de ameaças e chantagens se realmente quiserem dialogar e negociar com o país asiático para evitar a crescente guerra tarifária. A afirmação chega apenas um dia após um comunicado no site oficial da Casa Branca informar que a China irá encarar tarifas de até 245% como resultado de suas “ações retaliatórias”.

Fonte: G1