Mesmo com a mobilização do Ocidente e o apoio da aliança militar Otan, a Ucrânia segue enfrentando dificuldades na frente de batalha. Um dos maiores desafios no momento é a escassez de munição. Ou seja: o exército ucraniano está disparando muito mais munição do que as empresas de armamento ocidentais são capazes de produzir.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse a repórteres nesta segunda-feira (13/02) que a aliança militar está aumentando suas metas de armazenamento de munição, em meio ao rápido esgotamento de seus estoques.
“A guerra na Ucrânia está consumindo uma enorme quantidade de munição”, afirmou Stoltenberg, na véspera da reunião do grupo de contato para a Ucrânia, que acontece nesta terça em Bruxelas, com participação de representantes de mais de 50 países. “Os gastos com munição na Ucrânia são muitas vezes maiores do que nossas taxas de produção atuais. Isso coloca nossas indústrias de defesa sob pressão”, destacou.
Atualmente, as fábricas de munições estão trabalhando em plena capacidade e os prazos de entrega são enormes. Por exemplo: quem encomenda balas de grande calibre hoje precisa esperar 28 meses pela entrega.
“Inicialmente, cobrimos as enormes necessidades da Ucrânia somente com nossos estoques. Mas não podemos continuar assim”, disse o secretário-geral. “Precisamos produzir mais para abastecer as forças ucranianas, garantindo ao mesmo tempo que tenhamos munição suficiente para defender cada centímetro do território da Aliança”.
Para Stoltenberg, os membros da Otan, além de debater novas remessas de armamentos pesados – e até tanques e jatos –, devem garantir “que o exército ucraniano também possa usar as armas que já foram entregues e tenha munição, combustível e peças de reposição suficientes”.
Fonte: DW Brasil