Um mês inteiro dedicado ao combate ao câncer de mama. Essa é a proposta do Outubro Rosa, um projeto que surgiu na década de 1990 nos Estados Unidos e ganhou alcance mundial. Pelo décimo quarto ano, a Liga Norte Riograndense Contra o Câncer entra nessa luta para conscientizar e mobilizar a sociedade para o combate à doença e a importância do diagnóstico precoce.
A campanha começa oficialmente na sexta-feira (01). Devido à pandemia do coronavírus, as ações ainda serão realizadas de forma on-line, respeitando as medidas e protocolos de prevenção, distanciamento e segurança. A Liga atuará através da disponibilização de materiais informativos elaborados por seus especialistas, em parceria com o Instituto de Ensino, Pesquisa e Inovação (IEPI) da instituição, em suas redes sociais e site. Esse ano, a campanha traz destaque à importância da manutenção de hábitos saudáveis e alerta sobre a necessidade da realização periódica da mamografia e demais exames.
O exame da mama é o melhor meio para detectar tumores ainda em fase inicial, possibilitando a cura em mais de 90% dos casos, neste que é um dos tipos de câncer mais comum entre as mulheres e que corresponde a 29,7% dos novos casos da doença a cada ano no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Rio Grande do Norte tem uma taxa estimada de 56,33 casos para cada 100 mil mulheres.
Grande parte da população feminina ainda não se conscientizou da importância da detecção precoce do Câncer de mama e da adoção de um estilo de vida mais saudável. Neste ano, a expectativa é de 66.280 novos casos no Brasil (INCA), sendo este tipo de neoplasia a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo.
Para 2021, no Rio Grande do Norte, o INCA estima 1.130 novos casos, sendo mais de 50% diagnosticados já em estágio avançado. Só nas unidades da Liga Contra o Câncer, em 2020 foram diagnosticados 975 novos casos de câncer de mama. Já em 2021, até agosto, 640 novos casos.
A mamografia de rotina é o método mais eficaz para o diagnóstico do câncer de mama em estágio inicial, e indicado para mulheres assintomáticas, ou seja, sem anormalidades na estrutura mamária. Ainda de acordo com o INCA, a mamografia periódica permite uma redução de cerca de 30% na mortalidade por câncer de mama em mulheres de 40 a 69 anos. Até agosto, a Liga realizou 10.898 mamografias.