O papa Francisco prometeu nesta sexta-feira (21/01) fazer justiça às vítimas de abuso sexual cometidos por membros da Igreja Católica. A afirmação foi feita um dia após a divulgação de um relatório que apontou que o papa emérito Bento 16 não agiu em relação a pelo menos quatro casos de abuso sexual infantil antes de se tornar pontífice.
A investigação independente, realizada a pedido da Igreja Católica, examinou casos de abusos ocorridos na arquidiocese de Munique e Freising de 1945 a 2019. Bento 16, na época Joseph Ratzinger, foi arcebispo no local entre 1977 e 1982.
Dois dos casos de abuso sexual envolvem padres que foram punidos criminalmente, mas não sofreram sanções da Igreja e puderam continuar ativos no trabalho direto com os fiéis. Nenhum cuidado ou compensação tampouco foi dado às vítimas.
Ainda segundo o relatório, Bento 16 tinha conhecimento do histórico de pedofilia do padre Peter H., que foi transferido da diocese de Essen para Munique em 1980. H. foi condenado por pedofilia e depois cometeu novos abusos sexuais em Munique.
Bento 16, que está com 94 anos, rejeitou a acusação de ter ficado inerte quando era o responsável pela arquidiocese.