Parnamirinenses marcaram protesto na frente da Câmara Municipal de Parnamirim na manhã desta segunda-feira (12) contra a votação em regime de urgência de Projeto de Lei (162/2021) da Prefeitura para autorização de um empréstimo de R$ 100 milhões para várias ações. Vereadora de oposição que vem denunciando precariedade e má gestão dos recursos e serviços públicos de Parnamirim, a vereadora Fativan Alves (PV) se pronuncia contra a iniciativa do poder executivo municipal – de grande impacto no comprometimento financeiro e orçamentário da cidade.
A parlamentar identificou vários problemas nas redes públicas de ensino e de saúde, com destaque para a falta de ultrassom, uma sala apropriada para o funcionamento de um raio-x que se encontra no depósito da Secretaria de Saúde e falhas nas Unidades Básica de Saúde, e questiona as finalidades apresentadas pela Prefeitura para o dinheiro que pretende pegar emprestado: R$ 13 milhões para a construção de novo centro administrativo do município; R$ 10 milhões para urbanização de parques e centro da cidade; R$ 48 milhões para pavimentação, recapeamento e obras de drenagem; R$ 17 milhões para projetos de modernização das secretarias de Tributação e Serviços Urbanos; R$ 5 milhões no ramal turístico a Rota do Sol (Pirangi) e R$ 6 milhões para a construção de binário em Nova Parnamirim.
“O centro administrativo existente foi concluído em 2014. Será que no momento que estamos vivenciando é hora de construir outro diante de todo esse relato de problemas que fiz agora? Será que a cidade de Parnamirim está necessitando de urbanização agora? Quem está nessa casa legislativa desde a legislatura passada, sabe que fizemos vários créditos suplementares para essa questão da drenagem, até porque a gente teve superávit de R$ 80 milhões de reais no ano passado. Também entendemos que a modernização dos órgãos é importante, mas será que é momento adequado? E olha a importância que ele dá ao turismo do nosso município”, esbraveja.
Diante de tudo que falou e das ações pretendidas pelo prefeito (Rosano Taveira), Fativan questiona: “é essa a necessidade do nosso povo? Se um simples ultrassom, a gente não tem? Se temos vários serviços funcionando em prédios locados, quando temos antiga UPA sendo invadida em um prédio excelente que daria pra fazer o que a gente quisesse, como um hospital público, um hospital da mulher, um centro de pediatria. Vejo que várias coisas que o prefeito colocou são importantes, mas não são prioridade”, critica.