Pesquisadores da UFRN criam equipamento que antevê problemas em sistema de combustíveis

Um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) da área de Engenharia Mecânica recebeu, no mês de janeiro, a concessão de uma patente. A invenção é um equipamento desenvolvido para observar a interação entre a difusão de combustíveis e a deformação de selos de vedação – um dos mais conhecidos é o anel de vedação usado nos automóveis.

O dispositivo patenteado permite avaliar a degradação do selo de vedação do tipo O’Ring (com características circulares) no sistema de injeção de combustível quando há presença de pressão. Assim, é possível identificar mudanças nas propriedades mecânicas e físicas causadas pela absorção do combustível, antevendo possíveis situações indesejadas.

“O equipamento tem a funcionalidade de ensaiar diferentes espessuras e geometrias de selos de vedação e diferentes tensões de contato. Todo o dispositivo pode ser fabricado em qualquer tipo de aço que seja apropriado à função destinada, sendo um equipamento de baixo custo e de fácil montagem que permite ser uma opção prática para a investigação desses selos em campo”, colocou Salete Martins Alves, coordenadora da equipe. Ao lado dela, Valdicleide Silva e Mello, contribuindo na concepção técnica, desenvolvimento e certificação, e Jarbas Santos Medeiros, na concepção técnica e desenvolvimento, foram fundamentais na criação.

Os cientistas esclarecem que o dispositivo patenteado fornece a opção de estudar a compatibilidade de materiais elastoméricos, como silicone, em contato com fluidos sob pressão, por meio do qual é possível analisar o tipo de falha e a resistência que estes materiais utilizados para a confecção dos elementos vedantes em um sistema pressurizado podem apresentar. Segundo eles, esse é um ponto crucial para a escolha do material a ser usado em um sistema que envolva fluidos pressurizados de forma a garantir a segurança e integridade do sistema. “Deve-se levar em consideração o uso de blendas de combustíveis, como diesel e biodiesel. A cada percentual de diesel adicionado, pode-se, através desse equipamento, entender o comportamento de degradação do elastômero com contato com esta mistura”.

Fonte: UFRN

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