A Itália atrai pesquisadores de todo o mundo para estudar longevidade. Só a ilha de Sardenha, no oeste do país, possui de duas a três vezes mais centenários que o resto da Europa. Diversos estudos relacionam o estilo de vida e alimentação à longevidade, mas um grupo de cientistas da Universidade de Bolonha resolveu procurar respostas no DNA dos idosos.
A equipe sequenciou o genoma completo de 81 centenários na península itálica. Destes, 76 tinham mais de 105 anos (os chamados semi-supercentenários) e cinco tinham mais de 110 (supercentenários). Esses genomas foram comparados com um grupo controle de 36 pessoas saudáveis e mais jovens da mesma região, com média de 68 anos.
(É claro que as pessoas do grupo controle também podem alcançar os 100 anos no futuro. Mas considerando que, mesmo na Sardenha, apenas 24 em cada 100 mil habitantes atingem a marca, é pouco provável que uma pessoa escolhida aleatoriamente calhe de se tornar centenária.)
Sequenciar o genoma nada mais é que soletrar todas as “letras” do material genético de alguém. O DNA é composto pelas bases nitrogenadas adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T), repetidas bilhões de vezes de forma única em cada indivíduo. Alguns blocos dessas letras formam genes, que são as porções do DNA que codificam proteínas.
Fonte: Revista Superinteressante