PF pede via Interpol acesso às imagens de ataque a ministro Alexandre de Moraes em Roma

A Polícia Federal solicitou na tarde de hoje acesso às imagens das agressões sofridas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, na Itália. O pedido foi feito por meio da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), segundo apurou UOL.

Mais cedo, a PF pediu que o aeroporto preservasse as imagens. Agora, com o objetivo de obter as gravações, a Polícia Federal usa as frentes de cooperação policial internacional, pela Interpol, e também acionou o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, para cooperação jurídica.

O processo é complexo. Para ter acesso aos vídeos, a Polícia Federal precisa da colaboração das autoridades italianas. A formalização e justificação do pedido de acesso é um dos passos fundamentais do processo. Conforme disse o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), ao UOL News, não há obrigação das autoridades da Itália enviarem as imagens, mas o governo acredita na colaboração do país. A filmagem será improtante para esclarecer o que aconteceu no episódio. Até o momento, os acusados negam qualquer agressão contra Moraes.

Em depoimento à PF no domingo, um dos três suspeitos negou ter atacado Moraes. Alex Zanatta Bignotto, de 27 anos, disse que não promoveu atos de hostilidade contra o ministro e a família dele no aeroporto. O filho de Moraes também teria sido agredido por Roberto Mantovani Filho, que nega qualquer agressão. Em nota, a defesa de Mantovani Filho alegou que o cliente “precisou conter os ânimos do jovem ofensor”, sem confirmar se trata-se do filho de Moraes.