Plano de cargos e salários da UERN será discutido em grupo de trabalho criado pelo Governo

O Governo do Estado vai instituir grupo de trabalho (GT) para tratar da proposta do plano de cargos e salários apresentada nesta quinta-feira, 29, pela associação dos docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern). O atual plano é de 1989, aprovado internamente pelo Conselho Diretor, e está defasado em virtude das mudanças ocorridas nos últimos 30 anos. Exemplo é a obtenção dos títulos acadêmicos que antes era realizada ao longo da carreira e hoje é exigência já para o ingresso. Com isso, estabeleceu-se uma relação inversamente proporcional entre tamanho da carreira e qualificação.

A Aduern considera também que, paralelo aos danos causados pelos pagamentos em atrasos, o congelamento salarial decorrente da ausência de reajustes e de correções inflacionárias, resultaram em defasagem que ultrapassa 200%, situação que é agravada pelas possibilidades restritas de progressões e promoções na carreira. Hoje o quadro é de 785 docentes efetivos.

A governadora, professora Fátima Bezerra, considerou o pleito dos professores da UERN “justo, e uma reivindicação que busca direitos, valorização e respeito profissional”. Na reunião virtual com os docentes, Fátima disse que o governo dialoga e vai analisar a proposta. Ela citou o compromisso que assumiu em favor da autonomia financeira da UERN. “Autonomia é compromisso assumido pela governadora e pelo nosso governo. Já temos comissão tratando desse tema e queremos avançar na valorização dos profissionais da universidade estadual. Mas é preciso compatibilizar com a situação financeira e orçamentária. E temos demandas de várias outras categorias do estado, muitas, inclusive, sem reajuste salarial há mais de 10 anos. Vamos tratar as demandas da UERN com muita sinceridade e transparência. Vamos instituir este grupo de trabalho para definirmos os passos que possam ser dados para o fortalecimento e expansão da universidade com valorização profissional e salarial dos seus profissionais”, disse.