Há quase 40 anos, em 26 de abril de 1986, o Reator Nuclear de Chernobyl, no norte da Ucrânia (na época, ainda parte da URSS), explodiu em um dos maiores acidentes envolvendo radiação na história mundial. Até hoje, a área não é considerada segura e, por isso, a permanência de pessoas no local é proibida. No entanto, animais ainda habitam a região: por exemplo, uma matilha de cães semisselvagens.
Curiosos sobre como o contato diário com os altos níveis de radiação poderiam afetar a fauna, uma equipe da Universidade da Carolina do Sul e do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano (NHGRI), dos Estados Unidos, decidiu investigar o caso. Para isso, analisou-se o DNA de 302 cachorros encontrados dentro ou no entorno da Zona de Exclusão de Chernobyl (CEZ).
Segundo a revista Popular Mechanics, o principal objetivo dos cientistasera identificar se os animais passaram por seleção natural e evolução que priorizassem mutações aumentadoras da sobrevida no ambiente tóxico. Os resultados encontrados foram publicados em maio de 2023 no periódico Science Advances.
Fonte: Revista Galileu