Por que os processadores Intel de 13ª e 14ª geração estão travando?

Conhecida por sua popularidade e comportamento voraz no mercado de hardware, a Intel passa por um grave problema com seus chips. Processadores de 13ª e 14ª geração, de codinome Raptor Lake e Raptor Lake Refresh, apresentam crashes e instabilidade há meses por questões relacionadas à tensão desregulada.

Em meio a tantas especulações e atualizações sobre o caso, ainda é difícil saber ao certo como tudo se desenrolou, mas o time azul tem um sério problema em mãos para resolver. O TecMundo preparou um compilado de informações para te deixar por dentro desta história.

O início do problema
Não há uma data certa para precisar quando exatamente os primeiros problemas com as CPUs começaram, mas pelo menos desde janeiro há relatos de instabilidade nos modelos Raptor Lake Refresh. Inicialmente, acreditava-se que esse era um problema isolado de crashes em games e aplicações pesadas, ou seja, uma situação até corriqueira no mundo do hardware.

Com o passar das semanas, cada vez mais usuários começaram a reclamar de instabilidade ao usar modelos Intel Core i7 e i9 das gerações Raptor Lake e Raptor Lake Refresh. Inclusive, diversos crashes e falhas no sistema operacional apontavam erros em GPUs Nvidia, que posteriormente lançou um driver em abril para explicar o cenário.

Na seção de notas do driver 552.12, a companhia informa que os erros não eram de sua responsabilidade e apontava processadores da Intel como os culpados. Até então, cerca de quatro meses desde os primeiros incidentes já haviam se passado e poucas informações estavam disponíveis.

Intel vs fabricantes de placas-mãe
Para contornar o problema, fabricantes de placas-mãe como ASUS e MSI lançaram firmwares e tutoriais para mitigar a situação por conta própria. Embora cada empresa lidasse de uma forma com a questão, todo o passo a passo culminava para resoluções de limite de consumo.

Por padrão, processadores têm uma certa liberdade para consumir quantidades absurdas de energia. Em modelos mais recentes, como os Intel Core i9, o valor máximo de 4.096 W é habilitado, embora o topo de linha da empresa, o Intel Core i9-14900KS, puxe 253 W de carga máxima das tomadas em uso prático.

As atualizações das fabricantes visavam limitar esse valor, mas por caminhos diferentes. No fim de abril, a Intel emitiu uma nota ao site Igor’s Lab que indicava como uma das rotas do problema o fato das placas-mãe recentes trabalharem com sistema de segurança desativado ou incorreto. Pelo fato das CPUs serem de alto nível, as placas-mãe topo de linha costumam ser desbloqueadas para modificações avançadas, como o overclock.

Fonte: TecMundo

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