Os procedimentos estéticos no rosto têm sido cada vez mais procurados, principalmente depois de vários artistas divulgarem os processos e finalizações em suas redes sociais, tornando assim, a popularização da chamada “harmonização facial (ou orofacial). A “mudança” no rosto vai desde remodelação, preenchimento de rugas, bichectomia, lifting, botox, muitos já conhecidos. Todo o trabalho costumava ser feito apenas por um cirurgião plástico ou dermatologista, mas ultimamente, segundo dados da Sociedade de Cirurgia Plástica (SBCP), tem sido feito também por consultórios de odontologia. De acordo com a SBCP, houve um crescimento da quantidade de cirurgias plásticas com fins estéticos no Brasil. Em 2018, foram 1,7 milhão de operações, sendo 60% para fins estéticos, tornando o Brasil como um dos líderes nessas intervenções. Ainda segundo a entidade, em 2019 foi constatado que jovens entre 13 e 18 anos estão procurando cada vez mais cirurgias plásticas.
Para compreender mais um pouco esse universo, o BLOG ANTENADO conversou com o Mestre Cirurgião Dentista, Paulo Roberto Nogueira, especialista em Harmonização Facial, preenchimento mandibular, bichectomia, fios PDO, botox e ortodontia.
BLOG ANTENADO: Qualquer pessoa pode fazer a harmonização orofacial? Para quem é indicado?
PAULO ROBERTO NOGUEIRA – Qualquer pessoa pode fazer. Entretanto, cada harmonização facial é individualizada. Cada pessoa tem uma necessidade, para isso precisa de uma avaliação criteriosa. Por exemplo: vai ter pessoa que vai precisar de preenchimento de lábio, e uma toxina botulínica. Já outra pessoa vai precisar de um preenchimento de mandíbula, na região do ângulo, e na região do mento, que é o queixo. Outra pessoa já vai precisar usar de um preenchimento associado de fios de sustentação. A uma toxina, vai precisar de uma bichectomia, que seria a remoção da “Bola de Bichat” e a gordura da bochecha. Então cada pessoa tem que ser avaliada criteriosamente para que sua harmonização seja de forma individualizada e de acordo com suas características faciais.
A harmonização facial é indicada para qualquer pessoa que queira fazer, ou mudar, seus traços faciais, promovendo um equilíbrio dos terços faciais. Ou para alguma pessoa que busque melhorar sua autoestima, que tenha alguma característica anatômica que ela queira acentuar ou modificar. Mas claro que temos que ver também pacientes que tenham alguns problemas sistêmicos, como algumas doenças de pele, doenças sistêmicas, como por exemplo, autoimunes. Então tudo isso nós temos que avaliar também para ver a indicação e o controle dessas situações para realizar o procedimento correto.
BLOG ANTENADO: Quais os critérios de avaliação para determinar o que precisa mudar na face da pessoa?
PAULO ROBERTO NOGUEIRA – Temos que ver a característica individual de cada paciente. Então, a mulher tem características anatômicas diferentes das características anatômicas do homem. Então nós temos que fazer medições, temos que ver com “paquímetro e goniômetro”, já que são dois instrumentos que tiram as medidas do paciente, o quanto nós podemos aumentar. Temos que avaliar, através da análise facial, os terços da face, o terço superior (que vai da região dos olhos à raiz do cabelo), o terço médio (que vai dos olhos até a base do nariz) e o terço inferior (que vai da base do nariz até o queixo). Então tem que ver essas proporções, para ver se elas estão harmônicas e tentar equilibrá-las. Cada situação é específica. Como nós temos também, com a idade, a flacidez das regiões da face, nós precisamos fazer, além do preenchimento, o uso de fios de sustentação. E também ter indicações de remoção de tecidos, como por exemplo, a “Bola de Bichat”, que é uma bola de gordura da bochecha, e com a idade ela vai perdendo a sua função, não participando do processo de sustentação da face, então ela pode ser removida. Com isso, nesse processo de avaliação, vê se o paciente morde a bochecha, por exemplo, e aí se tem a indicação para aquele indivíduo específico.
Nessa avaliação, chamamos atenção para a característica individual de cada paciente: se ele é branco, se ele é negro. Precisamos ver se aquele paciente tem um padrão facial mais arredondado, que nós chamamos de paciente braquiocefálico (músculo mais forte), ou um paciente com perfil mais alongado, que é o paciente dolicocefálico. Nós temos que respeitar também essas características. Então, avaliamos os tipos faciais do paciente para indicar que tipo de harmonização orofacial ele vai precisar.
BLOG ANTENADO: Quais são os benefícios para os pacientes que buscam esse tipo de tratamento?
PAULO ROBERTO NOGUEIRA – São diversos os perfis que buscam a harmonização orofacial. Vão dos que veem sua autoestima: quando o paciente se vê melhor no espelho, tanto sua estética facial. Como também a questão psicológica: ele se vê melhor, tem sua autoestima melhorada. E alguns benefícios podem ser anatômicos, como por exemplo: na bichectomia, nós temos o paciente que muitas vezes morde a bochecha ao falar, ao comer. Então, com a remoção dessa gordura nós conseguimos livrar essa situação incômoda. Há também a questão da lipoaspiração de papada que, além da autoestima, o paciente vai conseguir uma melhor higienização, uma vez que no local ocorre uma grande quantidade (acúmulo) de suor, além de ter o “sebo” da pele na região.
BLOG ANTENADO:Diante dos compartilhamentos de imagens de artistas em redes sociais, sobre os processos que têm feito de harmonização facial, a intervenção estética é “novidade” no país e pode se tornar efêmera? Qual a sua percepção?
PAULO ROBERTO NOGUEIRA – Nós temos que estar sempre atento ao nosso padrão (facial do brasileiro, que é diferente do padrão facial do europeu). Não levar a harmonização facial à questão do modismo, gerando sempre aspectos faciais semelhantes. Nós temos que realmente buscar a individualização. Não fazer a banalização da estética. Então, respeitar as características do paciente. Não receber o paciente sugerindo tantas modificações que não o incomode. Minha percepção do paciente é que sempre ele diga o que o incomoda. A gente não o induz para que mude características faciais que são agradáveis do ponto de vista familiar, como por exemplo o tamanho do nariz. Quando nós vemos a imagem, muitas vezes banalizada, a estética simplesmente como um produto mercadológico, nós temos que ter muito cuidado, pois nós tratamos da saúde do paciente. Não é só um procedimento isolado. Nós passamos também por pequenas intervenções que vão pelo processo de saúde/doenças daquele paciente. Temos que ter bastante cuidado com essa percepção mercadológica, sobretudo imposta pelos meios de comunicação e/ou famosos.
Para conhecer mais o trabalho do Mestre Paulo Roberto Nogueira:
Em busca de Ortodontia e Harmonização Orofacial? Conheça um pouco mais do cirurgião dentista Paulo Roberto (@paulorobertoorofacial): ✅CRO/RN 1983 ✅Mestre em Saúde pela UERN/✅Pós-graduado em Harmonização Facial pelo Instituto Diogo Lustosa -DF /ICEO-CE/ Dermoestética -RN /CPO-RN ✅Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial /ABO-CE ✅Pós-grad. em Harmonização Facial (600 h) FUNORTE-RN
👉🏻 Informações:
☎️ (84) 99108-1775 (em Natal e Mossoró/RN).