O governo federal está reforçando diariamente as medidas de apoio e assistência à população do Rio Grande do Sul. O estado sofre com severas enchentes devido às chuvas intensas. O Ministério da Saúde já enviou 100 kits emergência, com medicamentos e insumos, facilitou o acesso a tratamentos e garantiu vacinas, insulina e equipamentos para a população gaúcha. A Força Nacional do SUS conta com 134 profissionais em atividade nos municípios e nos hospitais de campanha montados na região. Nesta quarta-feira (15), o presidente Lula e a ministra Nísia Trindade, juntamente com outras autoridades do governo federal, visitam o Rio Grande do Sul para acompanhamento das ações. O presidente vai fazer novo anúncio de medidas para recuperação do estado.
Desde o início da calamidade, a pasta já enviou recursos para 246 unidades de assistência, e destinou mais de R$ 1,5 bilhão para o cuidado em saúde. O total de recursos já repassado aos municípios e ao estado soma R$ 95 milhões, aos quais se somam os recursos da Medida Provisória editada pelo Presidente Lula, com R$ 816 milhões para a saúde, mais R$ 115 milhões para o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e mais R$ 540 milhões em emendas parlamentares que tiveram seus pagamentos antecipados.
Nesta terça-feira (14), o Ministério da Saúde iniciou os atendimentos no hospital de campanha de Porto Alegre. A estrutura funcionará 100% com recursos da FN-SUS e do GHC. O hospital conta com seis médicos, três enfermeiros e oito técnicos. A unidade vai receber pacientes 24h e tem capacidade para 200 atendimentos diários. Com a abertura do hospital, o Ministério da Saúde passa a operar dois hospitais de campanha, levando em consideração o que já está instalado em Canoas. Além destes, um está em fase de montagem em São Leopoldo, distante 40 quilômetros da capital. Outra estrutura será instalada em cidade a ser definida.
Em outra frente de atuação, os profissionais do programa Mais Médicos estão autorizados a atuar fora das Unidades Básicas de Saúde (UBS), com o objetivo de ampliar a assistência à população. Os médicos também podem atuar em plantões e outros níveis de atenção, de acordo com as necessidades locais, de forma excepcional. Médicos ilhados em municípios diferentes do que atuam, em caso de impossibilidade de deslocamento para o município original de atuação, de forma excepcional, ficam autorizados a realizar atendimento nos municípios onde estão. São 1,5 mil profissionais que atuam no estado do Rio Grande do Sul em mais de 300 municípios.
Medicamentos e insumos também foram enviados para todo o estado. Os kits emergência somam 25 toneladas de insumos e podem atender, no total, 150 mil pessoas por um mês. Além de 32 tipos de remédios, o conjunto inclui também outros 16 itens, como luvas, seringas, ataduras, etc. Além dos medicamentos, o Ministério da Saúde também enviou vacinas, insulina, imunoglobulina e outros equipamentos necessários para atendimento da população. Serão enviadas 600 doses de imunoglobulina ainda essa semana, ou seja, proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias.
Mais de 1,2 milhão de doses das vacinas contra tétano, difteria, hepatites A e B, coqueluche, meningite, rotavírus, sarampo, caxumba, rubéola, raiva e picadas de animais em estão sendo enviadas desde 5 de maio, fora 200 caixas térmicas de alta qualidade e 4,8 mil bobinas de resfriamento. Além disso, 73 mil frascos de insulina, 617 mil canetas e 2,8 milhões de agulhas de aplicação vão abastecer o estado. Não há registro de desabastecimento de vacinas ou insulina no estado do Rio Grande do Sul.