A última plenária do segundo dia da 5ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, nesta quarta-feira (31), trouxe como tema central “Nova Indústria Brasil: Missões para CT&I nas empresas”. A nova política industrial do governo federal busca impulsionar o desenvolvimento nacional nos próximos dez anos e prevê investimentos de R$ 300 bilhões até 2026.
Como moderador do evento, Celso Pansera, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), destacou a necessidade de transformar o Nova Indústria Brasil (NIB) em um programa com metas anuais e financiamento.
“Nós precisamos transformar o NIB em um programa de estado e não em um programa de governo. Estabelecer metas anuais, com financiamento, e avançar em acompanhamentos e métricas, de forma que isso consiga atingir o objetivo de dar protagonismo à indústria brasileira”, disse o representante da Financiadora de Estudos e Projetos.
O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Uallace Lima, enfatizou que o Nova Indústria Brasil visa consolidar o desenvolvimento do país e reduzir a desigualdade social, com seis eixos principais: cadeias industriais, complexo econômico da indústria da saúde, infraestrutura, saneamento e moradia, transformação digital, transição energética e tecnologias para a soberania nacional.
Lima também destacou que o “Plano Mais Produção”, lançado no início de 2024, terá um investimento de R$ 250 bilhões gerido pelo BNDES, FINEP e Embrapii. O programa tem como objetivo consolidar linhas de crédito para fortalecer o desenvolvimento industrial do país, promovendo inovação e competitividade.
“Um investimento produtivo que está inserido num contexto de incertezas e riscos que o setor privado não assume se não tiver o suporte e os incentivos do setor público, principalmente quando a gente fala em inovação”, disse o representante do MDIC.