Projeto Meninas no Espaço recebe inscrições até 2 de agosto

Meninas e mulheres do Rio Grande do Norte têm a oportunidade de participar do Programa Global de Aprendizagem e Observações em Benefício do Meio Ambiente (GLOBE), que será disseminado e implementado durante o projeto Meninas no Espaço: Capacitação para um Futuro Sustentável e Inclusivo. A iniciativa, realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), segue com inscrições abertas até o dia 2 de agosto, com três editais direcionados a estudantes de graduação, pós-graduação e escolas públicas do Estado.

A coordenadora do projeto e professora do Departamento de Engenharia de Produção da UFRN, Mariana Rodrigues de Almeida, explica que a segunda edição do Meninas no Espaço terá a proposta de difundir e capacitar os protocolos do GLOBE, programa internacional no qual estudantes, professores, cientistas e cidadãos podem participar de coletas de dados ambientais e estudos científicos voltados à compreensão do meio ambiente. Os dados dessa plataforma são utilizados pela Agência Espacial Americana, a Nasa.

“A partir do GLOBE, contribuímos para o monitoramento ambiental de maneira global, por meio do estudo dos biomas com base no gerenciamento do geoprocessamento de dados”, detalha Mariana Rodrigues. Esse trabalho irá envolver 20 escolas públicas para atender 100 estudantes do ensino médio, oitavo ou nono ano do ensino fundamental, que irão desenvolver atividades de pesquisa sob acompanhamento de professores das escolas, além da tutoria de uma equipe interdisciplinar da UFRN, composta por cinco alunas da graduação e quatro da pós-graduação.

Outras informações estão disponíveis nos editais de seleção: graduaçãopós-graduação e escolas públicas.

Sobre o Meninas no Espaço

O programa Meninas no Espaço é financiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e conta com parceria da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), a fim de estimular o interesse de meninas e mulheres pelo setor aeroespacial, promover o desenvolvimento educacional e o estímulo à igualdade de gênero no setor espacial. Para tanto, as estudantes selecionadas participam de capacitações com foco nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática. 

A primeira edição aconteceu em 2023, quando o conteúdo metodológico foi voltado para o estudo de foguetes educacionais. De acordo com Mariana Almeida, a iniciativa aproxima as alunas das escolas públicas da universidade, como forma de despertar nelas o interesse pelas engenharias e o pensamento de que o ensino superior é um caminho viável. “Muitas meninas sentem uma grande barreira, mas quanto mais perto elas chegam de nós, mais essa distância diminui”, afirma. Para os próximos anos, a coordenadora espera que o programa chegue a outros estados brasileiros e alcance atuação internacional.

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