Projetos do IFRN são premiados na maior feira de ciência e engenharia do Brasil

​O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) sai da 19ª edição da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), promovida pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), entre os dias 15 e 26 de março, levando seis premiações. Os projetos vencedores, anunciados na cerimônia de premiação, transmitida pelo canal da Febrace no YouTube, são o “pHmetro portátil”, vindo do Campus Natal-Zona Norte” e o “Game Balance”, do Campus Santa Cruz. Na premiação de voto popular, o projeto “Desenvolvimento de esteira rolante de descida autossuficiente com freio eletromagnético de baixo custo”, do Campus Mossoró, alcançou a quarta colocação.

Projeto “pHmetro portátil: uso de smartphone na determinação do pH de soluções utilizando imagens digitais e quimiometria”

Desenvolvido pela estudante Hanna Vitória Oliveira, do 3º ano do Curso Técnico em Eletrônica, o trabalho conquistou quatro premiações: terceiro lugar da área Ciências Exatas e da Terra; Prêmio do Instituto de Física da USP (IF-USP); Prêmio Destaque Unidade da Federação, como autora de melhor trabalho do Rio Grande do Norte; e o credenciamento para a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), considerada uma das principais feiras científicas da América Latina e realizada anualmente pela Fundação Liberato, na cidade de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

O projeto contou com a orientação da professora Pollyana Souza Castro e a coorientação do professor Daniel Lucas Dantas de Freitas e objetiva tornar análises químicas mais acessíveis e com menor custo e impacto ambiental. “Com esse propósito, extraímos do repolho roxo a antocianina para obter soluções ácidas e básicas com materiais de laboratório e que podem ser encontrados em casa. Utilizamos a câmera do celular para capturar imagens digitais das soluções. Após tratar com modelos matemáticos cada foto, conseguimos determinar valores de pH de forma precisa, baixo custo e em um experimento que pode ser aplicado em sala de aula como metodologia interdisciplinar de ensino”, explica a estudante.

Este ano, diferente dos outros anos, em razão da pandemia do novo coronavírus, a edição deste ano da Febrace ocorreu de forma virtual, o que não desanimou a jovem: “Foi uma oportunidade incrível! Mesmo on-line, tive a oportunidade de conhecer vários projetos e receber o feedback de vários avaliadores. Além disso, ter sido finalista já tinha sido uma vitória, porque o processo de seleção é muito criterioso. Então, depois de ver tantos bons projetos, obter cada um desses prêmios se tornou realidade”, disse Hanna, que já planeja seus próximos passos: “Vamos seguir aprimorando o método, testando outras fontes de antocianina e métodos de aquisição e tratamento das imagens. A ideia é, inclusive, aplicá-lo em sala de aula. Esperamos também, em breve, submeter um artigo científico para publicação”.

Projeto “Game Balance”

As estudantes Maria Eduarda Guedes dos Santos, Maria da Graça Carvalho Gonçalves e Lara Virgínia Pereira de Medeiros, assinam o projeto “Game Balance”, que conquistou o 4º lugar na categoria Ciências da Saúde nesta edição da Febrace. O projeto teve a orientação e coorientação dos professores Pedrina Célia Brasil e Vinícius Carvalho Pinto, respectivamente.

O trabalho tem por objetivo desenvolver um sistema distribuído que promova o engajamento, o acompanhamento e a análise da performance de pacientes com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O sistema consiste em uma plataforma inteligente capaz de calcular o equilíbrio e a intensidade vertical do paciente, baseando-se na distribuição do seu peso. Há, ainda, a criação de um jogo digital, que recebe esses valores e apresenta os exercícios para tratamento de forma lúdica e interativa ao usuário.

Voto popular

Os projetos finalistas, 345, no total, ainda concorreram à premiação de voto popular, cujo resultado foi divulgado na última segunda-feira (29). Entre os dez projetos mais votados, o “Desenvolvimento de esteira rolante de descida autossuficiente com freio eletromagnético de baixo custo”, conquistou a quarta colocação, com o total de 1510 votos.

O trabalho foi desenvolvido pelos estudantes Gabriel do Nascimento Carlos Leite, Mariana Moura Mendonça e Francisco Ivonêz da Silva, do Campus Mossoró, sob a orientação do professor Felipe Bento de Albuquerque e coorientação da professora Francisca Jucileuda Souza. O objetivo do projeto é desenvolver uma esteira rolante de descida autossuficiente, que contenha freio eletromagnético, de baixo custo, capaz de reduzir os efeitos causados pelo elevado consumo energético, além dos altos custos, das tradicionais esteiras transportadoras. ​