Segundo denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) teria solicitado em 2008 ao então diretor da Transpetro, Sérgio Machado, o pagamento de R$ 125 mil em propina.A acusação, assinada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que Garibaldi e Machado ajustaram o pagamento da vantagem indevida por meio de doação efetivada ao Diretório Estadual do PMDB no Rio Grande do Norte. Seis dias depois do pagamento ser efetivado, o dinheiro foi parar na conta da então candidata à Prefeitura de Natal Fátima Bezerra (PT), que tinha o apoio de Garibaldi no pleito.Os detalhes da negociação foram acertados, segundo apontam as investigações do Ministério Público Federal, pelo então assessor de Garibaldi Lindolfo Sales. Na denúncia, Janot aponta que, para atender ao pedido do peemedebista, Sérgio Machado solicitou aos empresários Luiz Fernando Nave Maramaldo e Nelson Cortonesi Maramaldo, controladores da NM Engenharia, que realizassem uma doação no valor de exatos R$ 125 mil ao Diretório do PMDB/RN.A análise dos extratos de prestação de contas do PMDB na campanha eleitoral mostraram que o valor foi depositado em 11 de setembro, com a quantia sendo liberada no dia seguinte. Em seguida, o dinheiro foi encaminhado ao comitê financeiro da candidata do PT. “Por esse meio, constata-se que o exato montante de R$ 125.000 doados pela NM Serviços chegou em meros seis dias úteis do Diretório Estadual do PMDB-RN à campanha de MARIA DE FÁTIMA BEZERRA, então candidata do PT ao cargo de prefeita da cidade de Natal, pela coligação ‘União por Natal’ (PT, PMDB e PSB)”, assinala a denúncia.Outros cinco senadores foram denunciados por JanotA denúncia apresentada pela PGJ atinge ainda cinco senadores e outras quatro pessoas. Além de Garibaldi, foram acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro os senadores Romero Jucá, Renan Calheiros, José Sarney e Valdir Raupp, todos do PMDB. Também foram denunciados Luiz Fernando Nave Maramaldo e Nelson Cortonesi Maramaldo — sócios da NM Engenharia — e Fernando Reis, ex-diretor da Odebrecht Ambiental.