PULMÃO ARTIFICIAL: aparelho ajuda a salvar vidas na pandemia de coronavírus

A Covid-19 é uma doença sistêmica, ou seja, afeta várias partes do corpo. Entretanto, sua ação inicial e principal é nos pulmões. Em muitos pacientes, o vírus danifica o órgão de um jeito em que a pessoa não consegue respirar sozinha. É nessa fase que entram os equipamentos de suporte, como a cânula de oxigênio e o respirador.

O problema é que o ventilador mecânico apenas ajuda o paciente a respirar ao facilitar a entrada de oxigênio até os pulmões e a retirada do gás carbônico na expiração. Mas, em alguns casos, os alvéolos – pequenos sacos de ar responsáveis pela troca gasosa que oxigena o sangue – estão tão afetados que nem o ventilador mecânico é suficiente.

Nesses casos, há um último recurso: o ECMO, sigla em inglês para o procedimento chamado oxigenação por membrana extracorpórea. “Esse procedimento é usado em casos extremos, quando o doente não respondeu a nenhum recurso disponível anteriormente e esse é um dos últimos ou o último para mantê-lo vivo. Ele não é a cura, mas ajuda a manter a pessoa viva até que a doença passe”, explica o cirurgião cardíaco pediátrico do Incor Luiz Fernando Caneo, ex-presidente da Organização para Suporte Vital Extracorpóreo (Elso, na sigla em inglês) latino americana, responsável por interligar centros que oferecem o ECMO na América Latina.

O equipamento pode exercer simultaneamente a função do pulmão e do coração em pacientes em que um desses órgãos ou ambos – perdeu temporariamente a capacidade de realizar estas funções. “O equipamento tem uma bomba, que faz a vez do coração e um oxigenador que faz a vez do pulmão.”, Caneo.

Fonte: Revista VEJA

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