O empresário potiguar Edmilson Pereira, presidente da Federação Nacional de Empresas de Serviços Terceirizáveis (Febrac) alerta para o risco de haver expressivas demissões no setor de serviços, caso a Reforma Tributária não leve em consideração a desoneração total da folha.
“O setor de serviços ainda segue com uma elevada tributação, o que poderá comprometer a empregabilidade no país”, enfatiza, embora reconheça que “houve um pequeno avanço” com a aprovação, no Senado Federal, na última quinta, dia 9, do parecer do senador Eduardo Braga (MDB-AM) para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 45/2019), que institui uma reforma no sistema tributário brasileiro.
Para Edmilson, o ponto positivo do texto aprovado pelo Senado foi o acatamento da Emenda nº 722, de autoria do senador Laércio Oliveira (PP-SE), que dispõe sobre a obrigatoriedade do governo enviar um projeto de lei reformando a tributação sobre os salários em até 180 dias.
“Apesar de a Emenda 722 já ser um suspiro, a melhor alternativa para o setor de serviços é a imediata desoneração da folha de pagamento para a redução dos altos custos do setor”, explica.
Segundo o presidente nacional da Febrac, desde que começou o debate sobre o texto da Reforma, a entidade bate na tecla de que o setor de serviços está sendo “invisibilizado da forma que está a proposta.
“A Emenda 722 é um incentivo. Mas a inclusão da desoneração da folha no texto da PEC teria menos impactos para os empresários”, comenta Edmilson Pereira.