A Prefeitura de Natal já tem uma data para a conclusão do novo Residencial Mãe Luíza, obra que irá contemplar as famílias que perderam suas moradias em virtude do desastre ocorrido na rua Guanabara, em 2014, quando várias casas desabaram com a força das chuvas que atingiram a capital. A construção das unidades habitacionais de interesse social tem aporte financeiro de R$ 4,1 milhões, em recursos totais do próprio Município.
De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe), a obra iniciada em agosto passado tem mais de 60% das fundações realizadas na área e já foram concretadas as sapatas dos 29 apartamentos. previsão é que seja entregue aos beneficiados em outubro de 2023.
Para o prefeito Álvaro Dias, o projeto é uma grande prioridade da sua gestão. “Com muito esforço e zelo pelos recursos públicos, estamos conseguindo executar essa obra, que tem uma importância social enorme para tantas famílias”, afirma o gestor. “Dedicamos muito esforço para a redução do déficit habitacional, conjuntamente com os programas de regularização fundiária e recuperação de áreas afetadas pelos desastres naturais.”
Segundo a secretária Shirley Cavalcanti, titular da Seharpe, a empresa contratada já começou o serviço das fundações e o canteiro de obras conta com uma equipe de 11 profissionais nesta fase. O residencial vai abrigar uma parte daquelas famílias afetadas pelo acidente. “Vale salientar que outra parte dos moradores que foram vitimados naquela tragédia e perderam seus imóveis já foram contemplados com apartamentos no Village de Prata, localizado no bairro Planalto”, completa ela.
As futuras unidades terão 49,89m² e contarão com dois quartos, sala, banheiro, cozinha e acessibilidade para pessoas com deficiência. Além disso, o residencial Mãe Luíza será entregue com toda a estrutura de área comum, academia da terceira idade e diversos outros equipamentos de lazer, esporte e convivência.
Rua Guanabara
O desmoronamento da rua Guanabara ocorreu em 14 de junho de 2014. Na época, um grande volume de água, de 221 milímetros em 36 horas, provocou vários deslizamentos de terra, causando a abertura de uma enorme cratera do morro até a praia de Areia Preta. Quatro anos depois do acidente, a via foi reconstruída e uma escadaria erguida onde antes havia o cenário da tragédia.
A escadaria recebeu o nome de Portal do Sol Klebson do Nascimento, em homenagem ao morador do bairro que faleceu em acidente no decorrer das obras de construção do novo sistema de drenagem local. Em 2021, o local voltou a passar por uma repaginação definitiva, ganhando novas artes de mosaicos e grafites, além de equipamentos de acessibilidade.