Depois do Produto Interno Bruto (PIB) do País registrar crescimento de 0,8% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o quarto trimestre de 2023, e um acumulado de 2,5% nos últimos 12 meses, a boa notícia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem da taxa de desocupação. Os 7,9% registrados em todo o País, no primeiro trimestre, ficaram -0,9 ponto percentual abaixo dos 8,8% do mesmo período do ano anterior. No Rio Grande do Norte, a redução foi maior: 2,5 p.p., com a taxa de desocupação atual estimada em 9,6%.
O estado apresentou o melhor desempenho entre as unidades de Federação, de acordo com o 140º Informe Macroeconômico do Escritório Técnico de Estudos Econômicos (Etene) do Banco do Nordeste. Entre as Regiões, Nordeste e Sudeste apresentaram reduções significativas da taxa de desocupação, com quedas de 1,1 e 1 ponto percentual, respectivamente. No Nordeste, a variável recuou em todos os estados, na comparação trimestre a trimestre, mas o índice de 11,1% continua sendo o maior entre as regiões brasileiras.
Em relação à população nordestina ocupada, a estimativa é de 22,3 milhões de pessoas, 545 mil (equivalente a 2,5%) a mais em relação ao primeiro trimestre de 2023. No período, houve progressos em todos os estados, com destaque para Sergipe que ampliou em 7,3%, o maior crescimento da população ocupada do País, seguido pelo Rio Grande do Norte (+6,0%) e Paraíba (+5,2%).
O estado potiguar ainda apresentou, na questão da informalidade, a maior redução regional da taxa ao lado da Bahia (-3,5 pontos percentuais) e o menor percentual entre os estados nordestino (42,4% da população ocupada). No Nordeste, estima-se que 11,4 milhões de trabalhadores estejam no mercado de trabalho informal.
Já a renda média per capita do País obteve crescimento real de 10% no 1º trimestre de 2024, atingindo o maior valor dos últimos 12 anos, segundo estimativa do IBGE.
Entre as Regiões, Nordeste (+11,5%) e Sudeste (+10,4%) registraram crescimento real do rendimento acima da média nacional (+10%). Entre as unidades federativas, Alagoas apresentou maior crescimento real do rendimento médio, com variação de +18,2%, seguido por Minas Gerais (+17,2%), Rio Grande do Norte (+16,9%), Paraíba (+16,1%) e Bahia (+16,0%), na comparação entre o 1º trimestre de 2024 frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
O superintendente do Banco do Nordeste, Jeová Lins de Sá, comemora o desempenho plural do RN revelado no estudo. “Os bons números da economia norte-rio-grandense, compilados pelo Etene, trazem-nos a certeza de que estamos no caminho certo. O Banco do Nordeste aplicou cerca de R$ 4 bilhões no estado somente em 2023, um crescimento de 49% em relação ao ano anterior. Claro que um volume significativo de recursos como este, em sua maior parte no financiamento do investimento de longo prazo, vai refletir positivamente nas atividades econômicas e, por conseguinte, na ampliação do emprego e na renda dos potiguares”, explana.