O Rio Grande do Norte foi o estado com maior crescimento na produção industrial no primeiro semestre de 2023, é o que mostra a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo, analisa que os números do estado na PIM-PF são resultado de setores estratégicos, como Petróleo e Gás.
“O refino de biocombustíveis, mais especificamente, cresceu 11,57% entre janeiro a julho de 2023. A região Oeste Potiguar vem crescendo e entendemos que o Petróleo e Gás é essencial para esse processo”, avalia Amaro.
“A pesquisa deixa clara a importância do setor e sua abertura para exploração por novas empresas privadas, o que proporciona novas contratações, aquecimento da cadeia produtiva e impulsionamento de formação técnica e mão de obra especializada”, acrescenta o presidente da FIERN.
Outros setores também contribuíram com o resultado do Rio Grande do Norte na pesquisa, como o de Alimentos, que cresceu 2,49%; e o de Vestuário, que teve alta de 0,38%.
Para o presidente da FIERN, a expectativa é de sequência dos números positivos. “Esperamos a manutenção das taxas de crescimento e, possivelmente, novos recordes, visto que já é o segundo mês que o Rio Grande do Norte se destaca na pesquisa mensal industrial”, comenta.
Números do crescimento
Com alta acumulada de 9,8%, na comparação com o mesmo período em 2022, o Rio Grande do Norte está no topo da lista de crescimento na produção industrial no primeiro semestre entre os estados brasileiros. O segundo estado com maior crescimento de janeiro a julho foi o Amazonas (6,5%), seguido de Minas Gerais, com 5%; Rio de Janeiro, com 4,3%; e Espírito Santo, com 4,2%.
Apenas no mês de julho, a indústria potiguar cresceu 50,7% na comparação com julho de 2022, diferente da maior parte do Brasil. A indústria registrou uma queda média de -1,1% no país, ao longo do mês. O RN também se destaca em comparação com o restante da região Nordeste, que teve recuo de -4,2%.
O IBGE também ressalta o papel do setor de Petróleo e Gás para o resultado da indústria potiguar. A publicação mostra que a produção de derivados do petróleo no estado cresceu 172,4% em julho e, no acumulado do ano, chegou a 20,8%.
O crescimento foi impulsionado, de maneira geral, pela indústria de transformação, que teve alta de 102,9% em relação a julho de 2022, alcançando um acumulado de 18,8% no ano. O setor específico responsável pela alta foi o de coque — produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, como óleo diesel, óleos combustíveis e querosenes de aviação.
Fonte: FIERN