Devido às sanções impostas pelo Ocidente à Rússia pela invasão à Ucrânia, empresas de aeronaves temem que jatos e aviões que estão atualmente estacionados em solo russo jamais sejam devolvidos. Nesta segunda-feira (28/03), entrou em prática a sanção que rescinde os contratos entre essas empresas e companhias aéreas russas – com isso, a consequente devolução dessas aeronaves, o que não ocorreu.
Líderes do mercado aéreo por meio de leasing – que consiste em um sistema semelhante a um aluguel de produtos –, como a Aercap ou a Avalon, podem não mais reaver algumas dezenas de aeronaves que estão na Rússia. As medidas foram anunciadas há cerca de um mês, mas as companhias aéreas russas não devolveram as aeronaves.
Especialistas falam que a permanência das aeronaves em solo russo pode ser encarado como “o maior roubo” da história da aviação comercial: estima-se que em torno de 400 jatos e aviões, no valor de cerca de dez bilhões de dólares no total, possam nunca mais ser reavidos.
“Temo que estamos testemunhando o maior roubo de aeronaves da história da aviação civil comercial”, afirma Volodymyr Bilotkach, professor de Gestão de Tráfego Aéreo no Instituto de Tecnologia de Singapura.
O diretor-geral de Transportes da Comissão Europeia, Henrik Hololei, também argumenta que os aviões que estão na Rússia foram “roubados de seus legítimos proprietários”.
Fonte: DW Brasil