Em vigor há alguns meses em muitos países da Europa, o chamado “passaporte vacinal” é aprovado por ao menos 81% dos brasileiros para ingresso em lugares fechados, como bares, restaurantes e repartições públicas. O dado é de uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17/01) pelo Instituto Datafolha, que também aponta que 18% são contrários à exigência, enquanto 1% não tem opinião formada sobre o tema.
O passaporte vacinal é um documento que comprova que a pessoa foi completamente vacinada contra o coronavírus. No Brasil, ele é emitido por sites e aplicativos das secretarias estaduais da Saúde ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa foi feita entre os dias 12 e 13 de janeiro, por telefone, com pessoas acima de 16 anos, de todos os estados, e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Com 87% a favor, as mulheres e os idosos acima de 60 anos são os dois grupos que mais apoiam a obrigatoriedade de apresentação do comprovante. Eles são seguidos pelas pessoas que têm ensino fundamental completo (86%) e pelas que ganham até dois salários mínimos mensais (85%). Em contrapartida, os grupos que mais rejeitam a medida são homens, com 24%, seguidos pelas pessoas de 25 a 34 anos (22%) e pelas que recebem mais de 10 salários mínimos por mês (28%).
Dentre as diferentes regiões do país, o Sudeste é a que apresenta a maior aprovação ao passaporte vacinal, com 84%. Já o Sul tem o menor índice de aceitação, com 75%. Em termos religiosos, os espíritas (87%) e os católicos (85%) são os que mais apoiam a iniciativa, enquanto os evangélicos (76%) são os menos favoráveis.
Os empresários são a categoria profissional que menos aprova a ideia (60%). Já as donas de casa são as mais favoráveis (90%). Junto com os aposentados (47%), as donas de casa também formam o grupo que mais tem medo de contrair covid-19 (50%). Os empresários são os que menos temem (28%).
Apenas 4% dos entrevistados acreditam que a pandemia esteja totalmente controlada. Para 48%, ela está controlada em parte. Há um mês, esse percentual era de 68%, ou seja, cresceu o número de pessoas que acreditam que a pandemia está menos controlada: de 20%, em dezembro, para 45% em janeiro.