A Meta, holding do Facebook, está pagando uma das maiores empresas de consultoria republicanas dos EUA para orquestrar uma campanha nacional que visa colocar o público contra o TikTok.
A campanha inclui a publicação de artigos de opinião e falsas mensagens nas sessões de “carta ao editor” (uma espécie de carta do leitor) nos principais meios de comunicação regionais do país, promovendo histórias duvidosas sobre supostas tendências do TikTok — que, na verdade, se originaram no Facebook — e pressionando para atrair jornalistas que cobrem política e políticos locais para ajudar a derrubar seu maior concorrente.
Essas táticas, muito comuns no mundo da política, tornaram-se cada vez mais perceptíveis na indústria de tecnologia, na qual as empresas disputam relevância cultural — a estratégia chega também em um momento em que o Facebook está sob pressão para reconquistar usuários jovens.
Funcionários da Targeted Victory, empresa contratada pelo Facebook, trabalharam para minar o TikTok por meio de uma campanha nacional de mídia e lobby, retratando o app, da empresa chinesa ByteDance, como um perigo para as crianças e para sociedade americana. As informações foram obtidas por e-mails internos compartilhados com o Washington Post.