Dormir é parte vital da nossa rotina. Mas ainda existem diversas incertezas sobre esse assunto. Virar a noite acordado, claro, não é nada saudável. Mas algo curioso aconteceu durante a pandemia, quando muitas pessoas relataram um sono pior – mesmo dormindo por mais tempo que o normal. Qual seria o meio termo? Recentemente, um estudo publicado na revista Nature Aging sugeriu uma possível resposta: 7 horas de sono por noite, para pessoas que estejam na meia-idade (ou na velhice).
Pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido) e da Universidade de Fudan (China) examinaram dados de quase 500 mil adultos entre 38 e 73 anos. Eles faziam parte do UK Biobank — um estudo de saúde de longo prazo apoiado pelo governo britânico – e foram questionados sobre seus padrões de sono, qualidade de vida e saúde mental. Ao final, foram submetidos a diversos testes cognitivos.
O time de pesquisadores identificou que quantidades inferiores e excessivas de sono estavam associadas a uma piora em certas funções cognitivas, como atenção visual, memória, velocidade de processamento e resolução de problemas. Os resultados também indicaram relação com questões relacionadas à saúde mental, incluindo sintomas de ansiedade e depressão.
Um possível motivo para esse tipo de relação é a interrupção do sono profundo, quando nossos corpos estão mais relaxados. O sono é dividido em fases: a fase REM (em que ocorre a maioria dos sonhos), por exemplo, atua na “limpeza” do cérebro. O sono profundo, por sua vez, é um reset completo do corpo: é durante ele que as células são regeneradas, principalmente as musculares.
Fonte: Revista Superinteressante