Segundo Febraban, brasileiro vê economia do País e a própria melhorarem só em 2022

Mais da metade dos brasileiros que vivem na região NORDESTE acredita que as finanças da família só deverão melhorar a partir do ano que vem. Os que acreditam que essa recuperação acontece ainda em 2020 somam menos de um quarto da população. As conclusões são da nova pesquisa RADAR FEBRABAN, que a entidade e o IPESPE lançam este mês, com um levantamento inédito, realizado entre 3 mil pessoas maiores de 18 anos em todo o país, na primeira semana de março deste ano.

“Durante a pandemia, o papel do setor financeiro transcendeu, em muito, nossas atividades. Além de 3,5 trilhões de reais que foram concedidos para o crédito, participamos de movimentos solidários que permitiram a milhões de pessoas enfrentarem melhor este momento. Estamos falando mais com a sociedade porque para melhor atendê-la é preciso ouvi-la cada vez mais”, diz João Borges, diretor de Comunicação da FEBRABAN.

Segundo o RADAR FEBRABAN, 59% dos entrevistados na região NORDESTE acreditam que a situação das finanças da família só deve melhorar no próximo ano. No Brasil como um todo esse índice é de 54%, demonstrando um pessimismo maior na região. Os que acreditam na recuperação das finanças familiares ainda este ano na região NORDESTE perfazem 23%, a mesma média nacional. Ainda na região, 74% pensam que o Brasil não terá recuperação econômica em 2020. Em relação aos dados nacionais, esse índice atinge 75%.

Os prognósticos sobre desemprego, acesso a crédito, taxa de juros, inflação e poder de compra da população também são predominantemente negativos: 72% acham que o desemprego vai crescer, acima da média da pesquisa nacional (70%). Outros 79% preveem o aumento da inflação e do custo de vida (80% é a média nacional); 80% dos entrevistados acreditam que a taxa de juros vai aumentar (76%, nacional); e 64% vislumbram a diminuição do poder de compra das pessoas (igual à média nacional).

“A crise de saúde provocada pela pandemia atingiu em cheio a economia global, e com especial impacto no Brasil que já vinha tentado se reerguer após sucessivos anos de baixo crescimento. Grande parte das famílias tem ou teve que conviver por um longo período com perdas financeiras, esvaziamento das reservas, redução salarial, desemprego. Diante de tantas dificuldades enfrentadas, não é de estranhar o pessimismo quanto à recuperação financeira das pessoas e do país”, avalia o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda presidente do Conselho Científico do IPESPE.

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