Segundo Sindsaúde-RN, pacientes graves estão internados em UTI’s improvisadas em Natal

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do RN (Sindsaúde/RN) denunciou nesta segunda-feira, 18, que os pacientes que necessitam de uma UTI na rede de saúde da Capital Potiguar, estão sendo internados em seis leitos de UTI improvisados nas enfermarias do Hospital Municipal de Natal (HMN), uma vez que a UTI 2 da unidade já se encontra superlotada. De acordo com o Sindsaúde, a UTI 1 do HMN, que contava com 20 leitos para o atendimento de pacientes com Covid-19, foi totalmente demolida e os pacientes transferidos para o hospital da rede privada,  Severino Lopes, no qual a Prefeitura de Natal comprou 50 leitos clínicos para atender o remanejamento dos leitos do Hospital Municipal de Natal.

O sindicato afirma que após completar uma semana desde a depredação da UTI 1 do HMN, os pacientes das UPAS e do Severino Lopes que evoluíram para estados mais críticos, começaram a  voltar para o Hospital Municipal de Natal, sendo obrigados a ficar em enfermarias, pela falta de leitos de UTI. O motivo, foi porque o hospital contratado pela gestão de Álvaro Dias (PSDB), não possui uma rede de gases encanadas para pontos de oxigênios e outros gases, muito menos uma equipe multiprofissional, com nutricionistas, para atender a demanda da alimentação enteral (pacientes impossibilitados de se alimentar por via oral).

De acordo com o relato de uma servidora que trabalha no Hospital Municipal, o que a SMS e a prefeitura de Natal fez é uma lástima com os pacientes e servidores, “ é uma sacanagem, termos que ver os pacientes passarem por isso, construíram uma UTI super cara na promessa de que esse equipamento ia ficar para a rede de saúde, depois destruíram, pra uma semana depois tá improvisando leito de UTI e leito clínico, e já tá lotado de pacientes, já tem até gente entubada, e não tem nem leito de isolamento respiratório, vai ter que improvisar também”, desabafa a trabalhadora.

O Sindsaúde afirma ainda, em nota, que é lamentável a condução irresponsável do desmonte do Hospital Municipal de Natal, no qual põe em risco a saúde das pessoas, além de desrespeitar os inúmeros profissionais que dedicaram anos de suas vidas a essa unidade, e que hoje são obrigados a improvisar – ainda mais – para salvar vidas.