De forma lastimável, ainda vivemos os resquícios da presença nefasta dos Ibéricos, implantada diante da fase embrionária da nossa estrutura social.
Os tipos de violência eram um convite à robustez de um Estado que se ensaiava a claro mando de uma Nobreza e de um Clero indecentes. As três Américas eram fustigadas em níveis emocionais e administrativos. Prevalecia, de fato, o desejo de potencializar massacres das mais variadas formatações sórdidas.
É importante reforçar que, predominantemente, no Brasil e nos demais países das Américas Central e do Sul, à época do Período Colonial, convivia-se com o Crime de Lesa-Majestade e com o perdão dos pecados, corroborado pela Linha do Equador.
Ao cometer um crime que lesassse a Majestade, a pena seria cumprida em solo de Tordesilhas, ou seja, do lado Português ou do lado Espanhol. Desta feita, ladrões, estupradores e assassinos, por exemplo, aqui desembarcaram para continuar perpetrando e empilhando atrocidades.
Corria na Europa e, também, no Brasil a ideia de que “abaixo da Linha do Equador” não havia PECADO. Um conceito podre que contribuiu para a maciça dizimação dos povos originários e para a liberação de qualquer ato controverso, inclusive os realizados pelos Jesuítas.
Oremos!!!
Tudo orquestrado pelos países Ibéricos – PORTUGAL e ESPANHA. Tudo detalhadamente pronto para os caprichos de uma classe abastada, fortemente hierarquizada, excludente e muito distante de qualquer princípio ético minimamente razoável.
Existe, no mundo, o exército dos Naturalizadores do Caos. Na Espanha, não seria diferente uma vez que, há cinco séculos, cunha-se, à brasa, a mácula de um senhorialismo devaneísta.
Manifesto toda a solidariedade à Ángeles Bejar, mãe de Rubiales, a qual anunciou greve de fome. Quero a saúde dela reestabelecida, o que não implica livrar o “mocoso” da ostentação atroz, externada no monento da premiacao à equipe campeã do mundo. Não é razoável proteger o filho em vez de orientá-lo a não repetir o comportamento autoritário, arrogante e debochado dos antepassados, os representantes das então chamadas “regiões independentes”.
Pergunto: como ficou a questão emocional de Hermoso?
Naturalizar um ato forçado é, também, aplaudir Robinho e Daniel Alves.
Pergunto: como combater o racismo, principalmente contra Vini Jr., se “é permitido” apoderar-se de uma mulher como o MACHO achar mais conveniente?
A Espanha é uma nação moralmente decomposta. Ainda queima sob a égide do Franquismo, “amigo íntimo” do Nazismo. Trouxe, juntamente com Portugal, para as Américas, o fétido, o desprezível, o abominável.
Rubiales merece as honrarias punitivas já que desconstrói dois dos mais importantes méritos desportivos: a ética e o respeito.
Esperamos que seja punido ao máximo rigor da lei. Talvez seja “Amigo do Rei”, em Pasárgada, como diria Manuel Bandeira. Talvez “tenha a mulher que queira na cama que escolhe”. A narrativa de Pasárgada não pode prevalecer. Não é questão de ser amigo do Rei. O que vale é respeitar os ritos judiciais e se encaixar como ser humano tocável, regido por uma Carta Magna que o faça construir atos assertivos de reorientação de conduta.
Que assim seja!
Oremos!!!
Autoria Frederico Lima – jornalista e professor
Instagram: @professorfrederico