Startup potiguar de Bioinformática é comprada por grupo de investidores de Dubai

Primeira empresa especializada em Bioinformática do estado, a DUNA Bioinformatics se prepara para aumentar seu alcance de mercado em um nível global. Isso porque a startup, credenciada pelo Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque), foi adquirida no último mês por um grupo de investidores dos Emirados Árabes Unidos e hoje faz parte de um grupo de empreendimentos com atuação internacional.

A empresa foi adquirida pela DNA-Gtx, grupo sediado em Dubai, mas manterá sua sede física em Natal (RN). Com o novo acordo, a empresa também passará a ser chamada de DNA-Gtx Bioinformatics e receberá uma série de investimentos para aprimorar seus laboratórios e demais recursos tecnológicos.

A expectativa é que haja uma sinergia significativa entre a empresa potiguar e o grupo comprador de Dubai, de maneira que se promova um ecossistema moderno e de alta tecnologia laboratorial.

Novos rumos

Fundada em 2018, a DUNA Bioinformatics já atuou em diversos projetos de desenvolvimento em sua área de negócios, voltados para instituições com foco em saúde, agropecuária e meio-ambiente. Agora o novo rumo da empresa é focar, em um primeiro momento, no desenvolvimento de novos serviços e produtos de bioinformática relacionados à área de Oncologia.

A nova empresa continuará tendo o envolvimento do professor Sandro de Souza – responsável por liderar a equipe de programadores e desenvolvedores da empresa –, bem como por outros colaboradores vinculados ao Centro Multiusuário de Bioinformática (BioME/IMD), na UFRN.

Entre os motivos para a aquisição da DUNA Bioinformatics pelos investidores, destaca-se a qualidade do portfólio da empresa – bem como o impacto de seus projetos. Além disso, também contribuíram para a compra da startup o desejo do grupo de se inserir no mercado de tecnologia para Saúde e Biotecnologia, bem como a reputação do ecossistema de inovação do IMD.

Bioinformática

Com o desenvolvimento técnico-científico, a bioinformática tem sido cada vez mais demandada. Serviços como análises computacionais de dados de genoma, transcriptoma e proteoma, além de consultorias, serviços customizados e desenvolvimento de software são exemplos de atividades desempenhadas nesse tipo de mercado.

Na área da saúde, um exemplo prático de demanda em bioinformática consiste no carecimento hospitalar por análises computacionais de um sequenciamento de tumor, entre outros tipos de amostras. Por meio dessas informações, o hospital recebe um parecer que auxilia a equipe médica a saber, por exemplo, qual o melhor medicamento a ser usado naquele caso.

Para desempenhar esse tipo de serviço, a empresa faz uso de uma série de recursos computacionais avançados, como processamento em nuvem e estrutura informacional, a exemplo da oferecida pelo supercomputador do IMD. Além disso, é necessária a atuação de uma equipe especializada, cuja formação alinha conhecimentos tanto em Tecnologia da Informação (TI) como em Biologia, áreas fundamentais para a bioinformática.

Fonte: UFRN