Um planeta do tamanho da Terra repleto de vulcões foi detectado orbitando uma pequena estrela anã vermelha, a cerca de 90 anos-luz, na constelação Cratera. Os astrônomos registraram o achado nesta quinta-feira (17) na revista Nature. A descoberta liderada pela cientista Merrin Peterson, formada pelo InstitutoTrottier de Pesquisa em Exoplanetas (iREx), no Canadá, ocorreu graças a dados do telescópio Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da Nasa, e do telescópio espacial aposentado Spitzer, contando ainda com a ajuda de um conjunto de observatórios terrestres.
Chamado de LP 791-18 d, o planeta recém-descoberto pode sofrer explosões vulcânicas tão frequentemente quanto a lua de Júpiter, Io — o corpo mais vulcanicamente ativo em nosso Sistema Solar. Segundo os astrônomos, o planeta fica na borda interna da zona habitável, onde os cientistas supõem que a água líquida possa existir na superfície de um planeta. Se este mundo for realmente tão geologicamente ativo, ele pode manter uma atmosfera.
Segundo conta a coautora do estudo, Jessie Christiansen, pesquisadora do Exoplanet Science Institute da Nasa, uma grande questão na astrobiologia é se a atividade tectônica ou vulcânica é necessária para a vida. “Além de potencialmente fornecer uma atmosfera, esses processos podem produzir materiais que, de outra forma, afundariam e ficariam presos na crosta, incluindo aqueles que consideramos importantes para a vida, como o carbono”, explica a cientista, em comunicado.
Fonte: Revista Galileu