Terceira onda da Covid-19 se aproxima do Brasil

Vários dos mais importantes núcleos de estudos e pesquisas não descartam uma terceira onda do coronavírus, especialmente nos países que entrarão no inverno. Há estudos referentes ao Brasil que assustam. O governo vem sendo alertado, mas pouca importância tem dado ao assunto. A variante indiana já foi confirmada entre nós. A vacinação avança lentamente e as medidas de isolamento estão sendo cada vez mais negligenciadas. Frente a esse cenário, é difícil lidar com as projeções que falam em um número assustador de mortos pela doença, porque significa uma informação sombria. Se providências sérias não forem tomadas, o Brasil poderá chegar no final de agosto somando 750 mil mortos. É o que afirma o Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington, dos Estados Unidos, que tem se destacado no mundo por suas projeções certeiras desde o início da pandemia. O Brasil poderá chegar a 750 mil mortos no final de agosto, mesmo com o uso de máscaras por 95% da população. Convém lembrar que, nas duas últimas semanas, tivemos uma queda de 19% na média de óbitos. Foi o que revelou o boletim do Consórcio de Imprensa na segunda-feira, 17.  

Esses números trouxeram uma esperança no combate à Covid-19, mas as projeções realizadas por cientistas dos Estados Unidos e do Brasil alertaram a possibilidade de uma terceira onda do vírus, o que provocaria uma nova alta no número de mortos. A única medida que poderá evitar essa tragédia é a vacinação. O Brasil terá de vacinar pelo menos de 1,5 milhão a 2 milhões de pessoas por dia. Estamos muito longe desse ritmo de vacinação… Além disso, é preciso levar a sério as medidas de isolamento. O motivo é que a variante P.1, que surgiu em Manaus, já se espalhou por 16 Estados latino-americanos. Outro motivo é que pessoas já vacinadas abandonaram a máscara. A continuar assim, o Brasil poderá chegar novamente à marca de 3.300 óbitos por dia, o que provocará uma tragédia maior. Basta dizer que, se chegarmos a isso, no final de setembro o Brasil contará 931 mil mortos.

Os dados do Instituto de Métrica são utilizados nas avaliações da pandemia pela Casa Branca e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a América Latina. O aumento de mortes é esperado mesmo com a diminuição de doentes que necessitem da UTI, devido ao alto número de infecções, o abandono das máscaras e do distanciamento social. O Brasil tem todos os dias milhares de novas notificações da doença, num patamar considerado alto demais pelos especialistas. A Rede Análise Covid-19, que conta com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores, adianta que o Brasil apresenta mesmo uma tendência de alta na doença. Os dados asseguram que o país, no momento, está às vésperas de um novo aumento de casos. O jornal “O Globo” questionou o Ministério da Saúde sobre essas informações e o que tem sido feito para evitar essa terceira onda. A pasta diz que não comenta  projeções. A verdade é que estamos entrando no inverno, estação do ano que favorecerá o aumento do número de vírus em circulação.

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