A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou no último dia 6 de setembro o seu mais novo relatório sobre os surtos de cólera. Os dados, relativos ao ano de 2023, indicam que a doença foi diagnosticada em mais de 535 mil pessoas – o que equivale a uma alta de 13% nos casos, em relação a 2022. Isso levou a um acréscimo de 71% no número de óbitos.
Causada pela bactéria Vibrio cholerae, a cólera gera nos seres humanos uma infecção intestinal aguda, que pode levar a quadros leves, assintomáticos, ou graves, com vômitos, dor abdominal e cãibras. Segundo o Ministério da Saúde, se não tratada corretamente, pode evoluir para uma desidratação intensa, com complicações severas e possivelmente fatais, tais como choque hipovolêmico (diminuição da quantidade de sangue circulante no corpo), necrose renal, fraqueza intestinal, arritmias cardíacas, hipoglicemia e aborto ou parto prematuro.
A transmissão da cólera ocorre por via fecal-oral, ou seja, pela ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pessoa a pessoa. Por isso, normalmente esses casos estão ligados a regiões onde há falta de saneamento básico e a higiene é precária.
O levantamento da OMS revela que 45 países foram afetados pela doença no último ano. Desses, 35 relataram surtos locais, enquanto os outros dez verificaram a presença apenas de casos importados de outras regiões em seu território.
Fonte: Revista Galileu