O Sindicato dos Trabalhadores e Transportadores Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro-RN) tenta, nesta terça (18), uma conciliação com as empresas em audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), como última alternativa à greve. “O último jeito de negociar vai ser esse, se amanhã não avançarmos nessa questão, vamos manter o edital da greve”, destaca Carlos Silvestre, representante do Sintro.
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Natal (Seturn), enxerga com preocupação a sinalização de greve e diz que essa é “mais uma encruzilhada” do transporte público de Natal. “Temos uma reunião agendada para tentar abortar essa greve. A nossa maior preocupação é que o Sintro pede reajuste acima da inflação e não abre mão disso, diz que há uma perda acumulada de salários e benefícios desde a pandemia. Nós estamos sem capacidade econômica de fazer investimentos, incluindo salários, por causa da ausência de licitação”, comenta Augusto Maranhão, advogado do Seturn.
Caso a greve dos trabalhadores do transporte público se concretize, somente cerca de 30% da frota, o que equivaleria a aproximadamente 80 ônibus, circularia na capital emergencialmente, de acordo com o Sintro. Eles cobram um reajuste salarial de 8,86% referente à data-base 2023, pagamentos de vale-alimentação de R$ 450, plano de saúde integral e exame toxicológicos dos motoristas.