O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retirou umconvite inédito feito para que a União Europeia enviasse observadores para as eleições presidenciais de outubro no Brasil, depois que o governo do presidente Jair Bolsonaro se opôs ao pedido. A informação foi confirmada na terça-feira (03/05) pelo próprio TSE e pelo bloco europeu.
“Em conversas preliminares com representantes da União Europeia, o TSE constatou que não estavam presentes todas as condições necessárias para viabilizar uma missão integral de observação eleitoral, que inclui a visita de dezenas de técnicos e trata de diversos temas relacionados ao sistema eleitoral”, escreveu o TSE.
Ainda assim, ressalvou que “nos próximos meses, se for verificada a necessidade e o interesse de ambos os lados, poderá haver uma participação mais reduzida e de caráter técnico de membros da UE no período eleitoral”. Já a União Europeia informou que recebeu uma carta convite do TSE em março para enviar uma equipe para explorar a “utilidade, conveniência e viabilidade” de ter uma missão de observação pela primeira vez nas eleições brasileiras.
“No entanto, o TSE nos informou que não dará seguimento ao pedido feito em março, devido a reservas expressas pelo governo brasileiro”, disse Peter Stano, porta-voz de Relações Exteriores da Comissão Europeia. “Nessas circunstâncias, não enviaremos uma missão exploratória ao Brasil para avaliar uma possível missão de observação da UE”, complementou.