Uern participa de projeto que colocará o RN na rota da tecnologia aeroespacial

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), na condição de associada fundadora do PAX | RN, integra o projeto Constelação Potiguar, iniciativa que prevê o desenvolvimento, construção e operação de uma constelação com 12 nanosatélites, uma proposta do Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo. Essa história de inovação e protagonismo no setor aeroespacial começou a ser escrita nesta quinta-feira, 29, no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal/RN, palco do I Workshop da Constelação Potiguar. O workshop representa uma virada estratégica para o estado, que deve se consolidar como polo nacional de inovação aeroespacial.

O vice-reitor da Uern, professor Chico Dantas falou sobre a importância do projeto: “Enquanto associada fundadora do PAX, a Uern participará ativamente do projeto Constelação Potiguar. Vamos envolver nossos cursos, nossos laboratórios e nossos pesquisadores, especialmente nas áreas de Exatas e Ciências Ambientais, com o compromisso de garantir que o conhecimento gerado se reverta em benefícios concretos para a sociedade potiguar”.

Além da Uern, o projeto é resultado de uma ampla articulação entre instituições públicas, acadêmicas e empresariais, reunindo nomes como a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), a Marinha do Brasil, a Defesa Civil, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio Grande do Norte (OAB/RN) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). Os nanosatélites serão utilizados para fins práticos e de grande impacto social, como o monitoramento ambiental, a gestão de recursos hídricos, o apoio à economia do mar e a prevenção de desastres naturais. O projeto também aposta na formação de mão de obra qualificada e no estímulo ao surgimento de startups de base tecnológica, o que reforça ainda mais o potencial transformador da iniciativa.

Com localização estratégica próxima à linha do Equador, ideal para lançamentos espaciais, o Rio Grande do Norte reúne condições únicas para se tornar referência nesse campo. “O primeiro lançamento de nanosatélite está previsto para 2027. Com sua infraestrutura e localização privilegiada, Natal desponta como candidata natural para esse protagonismo. Trata-se de inovação e soberania tecnológica para a região, gerando impacto real com mais empregos, mais renda, e atendendo demandas importantes de diversos setores econômicos do estado”, disse Olavo Bueno, diretor-presidente do PAX, na abertura do evento.